O Japão decidiu impor novas sanções à Coreia do Norte que afetam também as empresas chinesas, para tentar dissuadir o regime de Kim Jong-Un de continuar a desenvolver seu programa de armamento nuclear.
As novas disposições são adotadas depois de a Coreia do Norte testar um míssil balístico intercontinental (ICBM) no começo de julho.
O ministro japonês de Relações Exteriores, Fumio Kishida, explicou que as sanções (congelamento de ativos, sobretudo) são voltadas para cinco empresas, duas delas chinesas, e nove indivíduos por sua relação com a Coreia do Norte.
"É importante reforçar a pressão para que a Coreia do Norte se oriente até a desnuclearização, e vamos levar Pyongyang a agir de forma correta para solucionar esse problema", afirmou Kishida.
Segundo o jornal econômico Nikkei, as duas empresas chinesas são o Banco de Dandong (que também enfrenta sanções americanas) e uma companhia de transporte marítimo.
A comunidade internacional considera que a China, país mais próximo do regime norte-coreano, tem que desempenhar um papel fundamental para que Pyongyang mude sua atitude, mas Pequim acredita que as medidas devem acontecer de forma conjunta.
"Nós nos opomos firmemente à imposição de sanções, venham do país que vierem, fora do Conselho de Segurança da ONU, ainda mais quando estão voltadas para empresas e indivíduos chineses", afirmou o porta-voz do Ministério chinês de Relações Exteriores.
O órgão também disse que a "China continua comprometida no propósito de desnuclearizar a Coreia do Norte e continua aplicando as resolução de forma estrita e completa".
De acordo com ele, a China vai pedir ao Japão para anular essas medidas, definidas como "más decisões", alegando "obstáculos nas relações entre os dois países e sua cooperação em relação à península coreana".
Desde a chegada de Kim Jong-Un ao poder no fim de 2011, a Coreia do Norte acelerou o desenvolvimento de seus programas nucleares e balístico, apesar de serem proibidos pela comunidade internacional.