Constituinte na Venezuela perdeu vestígio de legitimidade, diz OEA

Segundo chefe da OEA, o uruguaio Luis Almagro, o pouco comparecimento dos venezuelanos às urnas não dão sinais de legitimidade para a Constituinte
Estadão Conteúdo
Publicado em 31/07/2017 às 22:50
Segundo chefe da OEA, o uruguaio Luis Almagro, o pouco comparecimento dos venezuelanos às urnas não dão sinais de legitimidade para a Constituinte Foto: RONALDO SCHEMIDT / AFP


A votação para a nova Constituinte na Venezuela perdeu qualquer vestígio de legitimidade e o processo eleitoral carece de veracidade. A avaliação é do secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), o uruguaio Luis Almagro, que não reconheceu o resultado do pleito.

"Os processos de verificação técnica sobre o padrão eleitoral, as urnas eletrônicas e o sistema de verificação de resultados foram inexistentes. Desta forma, é impossível que a autoridade eleitoral nos dê resultados confiáveis", escreveu Almagro, em texto publicado no site da instituição.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, convocou para este domingo a eleição de uma Assembleia para reescrever a Constituição do país. O Conselho Nacional Eleitoral, ligado ao governo, disse que oito milhões de pessoas foram às urnas. A oposição boicotou o pleito e calculou que os votos somaram pouco mais de um milhão e meio.

De acordo com o chefe da OEA, o pouco comparecimento dos venezuelanos às urnas dão sinais de que o que se viu no domingo não foi um processo eleitoral e "muito menos uma festa cívica".

"Uma eleição legítima não pode se dar em um ambiente de repressão e violência. A coação e a compra de votos foi evidente O princípio da liberdade de voto foi violado de maneira flagrante", denunciou Almagro.

Ao menos morreram 119 pessoas morreram direta ou indiretamente nos protestos contra o governo Maduro desde 1º de abril.

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