Uma inesperada onda de calor atinge a Itália, com temperaturas recorde que superam os 40ºC, pelo qual foi decretado alerta máximo em 26 cidades, entre elas Roma, Milão e Veneza.
A chegada do anticiclone "Lúcifer", como foi chamado, provocou incêndios florestais e nesta quinta-feira (3) matou uma idosa.
A mulher, de 79 anos, foi encontrada morta em um campo perto a sua casa em Sant'Omero, na região central de Abruzos, aparentemente vítima do calor provocado pelo incêndio de dois hectares de terras vizinhas.
Uma parte da estrada Via Aurelia foi fechada por horas devido a um incêndio perto de Grosseto, na Toscana.
Segundo informações do Ministério da Saúde, 26 cidades decretaram alerta máximo.
Em Capo San Lorenzo, na ilha de Sardenha, a sensação térmica, índice que calcula a umidade e o vento, foi de 63ºC às 15h00, um recorde, em relação aos 41ºC dos termômetros, segundo indicou a Aeronáutica Militar.
Nos últimos dias, os hospitais perceberam um aumento de 15% nas entradas em emergências e temem pela saúde das pessoas doentes, das crianças e dos idosos.
A alta umidade no norte da península e os ventos quentes provenientes da África no sul fazem com que a sensação térmica seja mais alta para boa parte dos italianos que costumam ir à praia para as férias de agosto.
A onda de calor se soma a uma prolongada seca, que produziu graves perdas no setor agrícola, com 11 regiões que enfrentam escassez de água.
Calcula-se que a produção de azeite de oliva caia em 50%. A falta de água também reduziu a produção de leite de ovelha em 30%, o que afeta a fabricação de um dos queijos mais populares da Itália, o pecorino.