O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, propôs nesta terça-feira um "diálogo regional" com os países da América Latina, que o acusam de "ruptura" da democracia e não reconhecem sua Assembleia Constituinte.
Maduro se manifestou em Caracas durante uma reunião de chanceleres da Alba (Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América), grupo de governos aliados do mandatário entre os quais estão Cuba, Bolívia, Nicarágua e Equador.
"A direita continental rompeu as regras do jogo e da convivência. Acho que faz falta um diálogo regional e proponho à Alba que iniciemos um diálogo pelo respeito da Venezuela", expressou o presidente, que enfrenta protestos que já deixam mais de 120 mortos em quatro meses.
"Que se inicie um diálogo com México, Colômbia, Argentina, não sei se com o Brasil porque ali não há governo legítimo, Chile, Paraguai, com um ponto único: restituir as normas de direito internacional", acrescentou Maduro.
O presidente venezuelano afirmou que a pressão internacional contra seu país responde a uma campanha dos Estados Unidos para desatar uma intervenção internacional na Venezuela, em cujo território estão as maiores reservas de petróleo no mundo.
"A Venezuela é o maior espólio, a joia da coroa, isso que se diz nos corredores de Washington", disse Maduro.
O presidente também propôs que a Celac (Comunidade dos Estados Latino-americanos e Caribenhos) organize "uma cúpula de reunificação" em El Salvador, mas não mencionou datas possíveis.