Caso Odebrecht: Avança processo para julgar vice-presidente do Equador

Presidente do Legislativo confirmou que Congresso do Equador recebeu pedido para autorizar denúncia contra Jorge Glas
AFP
Publicado em 23/08/2017 às 19:16
Presidente do Legislativo confirmou que Congresso do Equador recebeu pedido para autorizar denúncia contra Jorge Glas Foto: Foto: AFP


O Congresso do Equador recebeu nesta quarta-feira (23) o pedido para autorizar a denúncia contra o vice-presidente, Jorge Glas, no caso de corrupção envolvendo a Odebrecht, informou o presidente do Legislativo, José Serrano.

A Assembleia Nacional, de maioria governista, tratará o pedido da Corte Nacional de Justiça (CNJ) na próxima sexta-feira, segundo Serrano. Os legisladores deverão definir se aprovam ou não o início processo contra Glas, que tem foro privilegiado. 

No documento remetido pela CNJ, o juiz Miguel Jurado pede ao Congresso que "conceda autorização prévia para a instalação da audiência e a formulação da denúncia" contra o vice-presidente.

Glas é investigado por suposta associação criminosa na rede de milionários subornos da Odebrecht a funcionários equatorianos para conseguir contratos. Entre os dez detidos no Equador por este caso, em que a empresa brasileira teria entregue 33,5 milhões de dólares, estão o tio do vice-presidente Ricardo Rivera e o ex-ministro de Eletricidade Alecksey Mosquera.

Nas investigações em curso, a justiça também pediu a prisão do ex-controlador do Estado Carlos Pólit, que está nos Estados Unidos.

Glas, que desde 2007 foi responsável por setores estratégicos do Equador e a partir de 2013 é vice-presidente, nega as acusações. Ele as atribui a um "ataque" da imprensa e da oposição, que também o apontam como envolvido em corrupção em outros casos, como o da petroleira estatal Petroecuador.

O vice-presidente garante que não há "uma só prova" contra ele. Mas na segunda-feira pediu aos legisladores que autorizem a denúncia para que possa de defender nos tribunais. 

Rito

Para aprovar a denúncia contra o vice-presidente é necessário o voto favorável de dois terços (92 dos 137 deputados) do Congresso, cuja maioria governista está dividida por uma disputa entre o presidente Lenín Moreno e seu antecessor, Rafael Correa.

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