O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, cujo país atravessa uma grave crise política, econômica e institucional, estará presente em 11 de setembro em Genebra na abertura da 36ª sessão do Conselho de Direitos Humanos da ONU, anunciou um porta-voz desta instância.
Maduro pronunciará um discurso aos 47 Estados membros do Conselho, como fez em novembro de 2015, indicou esse porta-voz, Rolando Gomez.
Em 2015, o chefe de Estado venezuelano, que estava acompanhado de sua esposa, denunciou o "assédio permanente" do qual seu país era vítima, exigindo "o maior respeito". A Venezuela faz parte do Conselho de Direitos Humanos - seus membros são eleitos pela Assembleia Geral da ONU - até 2018.
Esta não é a primeira vez que a maior autoridade de um país fala ante o Conselho de Direitos Humanos. Mas será a primeira vez que Maduro viaja à Europa desde que o seu país entrou em crise.
Desde abril, as manifestações contra o regime de Nicolas Maduro são quase diárias e já fizeram 125 mortos. Mais de 5.000 pessoas foram presas, segundo a ONG Forum Penal.