A Síria negou nesta sexta-feira (8) as acusações da ONU de que utilizou gás sarin durante um bombardeio em abril porque, segundo o governo, o Exército não tem armas químicas. Investigadores da ONU acusaram na quarta-feira o governo do presidente Bashar al-Assad de ter utilizado gás sarin na localidade Khan Sheikhun, onde mataram diversas pessoas.
Segundo o 14º relatório da Comissão de Investigação da ONU sobre a situação dos direitos humanos na Síria, "em 4 de abril, durante uma campanha aérea (...), as forças sírias utilizaram gás sarin".
"A Síria não utilizou e não utilizará gases tóxicos contra o seu próprio povo porque não os tem", explicou a resposta oficial do governo enviada à ONU.
Este bombardeio sobre Khan Sheikhun, localidade situada na província de Idlib controlada pela oposição, matou ao menos 83 pessoas, entre elas 28 crianças e 23 mulheres, e feriu quase 300, afirmaram os investigadores.
Essa comissão "politizou" o seu trabalho, explicou o governo sírio, cuja carta foi citada pela agência oficial de notícias Sana.
A Síria assegura que não tem armas químicas desde um acordo de 2013 mediante o qual aceitou entregá-las para serem destruídas.