A justiça espanhola convocou a prestar depoimento como investigados por crime de sedição o comandante da polícia da Catalunha, Josep Lluís Trapero, uma subordinada e dois líderes independentistas, anunciaram nesta quarta-feira fontes judiciais.
A investigação está relacionada com as manifestações realizadas diante de uma dependência do governo catalão em Barcelona nos dias 20 e 21 de setembro, quando a Guarda Civil realizava uma operação no local.
As outras três pessoas investigadas são a intendente da polícia catalã Teresa Laplana e os líderes independentistas Jordi Sánchez e Jordi Cuixart, dirigentes de duas associações independentistas - Assembleia Nacional Catalã e Omnium Cultural, respectivamente - por suposto estímulo às manifestações diante do Departamento de Economia catalão.
Os quatro devem prestar depoimento na sexta-feira na Audiência Nacional, a principal instância penal espanhola.
Os manifestantes danificaram veículos da Guarda Civil estacionados diante do prédio e impediram saída dos agentes até a madrugada.
De acordo com a justiça espanhola são "réus de sedição os que, sem estar compreendidos no delito de rebelião, atuam de modo público e tumultuoso para impedir, pela força ou fora das vias legais, a aplicação das leis".
O delito de sedição pode resultar em uma pena máxima de prisão de 10 anos para cidadãos comuns e 15 anos no caso de autoridades.