Uma nova facção jihadista, o Grupo dos Seguidores do Furqan no País do Levante, anunciou nesta segunda-feira (9) sua criação na Síria e afirmou que seu objetivo é o estabelecimento de um "califado". A informação é da agência EFE.
Em vários comunicados, publicados em sua conta no Twitter e cuja autenticidade não pôde ser comprovada, a organização explicou que se trata de "uma entidade jihadista sunita muçulmana integrada por emigrantes e seguidores" na Síria e que defende o estabelecimento da religião e o retorno ao "califado" através da jihad (guerra santa).
"Acreditamos que a jihad se impõe hoje a todos os muçulmanos, frente ao desdobramento dos nossos inimigos dos muçulmanos em todas as partes", indica um dos textos. O grupo afirmou que se opõe aos "ataques contínuos" dos Estados Unidos e da Rússia, a quem enfrentará "com a espada", bem como o exército turco e os grupos rebeldes aliados.
Um dos comunicados aparece acompanhado por ilustrações das bandeiras da Turquia e da revolução síria, que usa como insígnia o Exército Livre Sírio (ELS), em chamas. Ainda não se sabe se este novo grupo está vinculado ao Organismo de Liberdade do Levante - a ex-filial síria da Al Qaeda - ou ao grupo terrorista Estado Islâmico (EI).
O Furqan faz referência à "norma", palavra usada pelos islamitas para fazer alusão ao livro sagrado muçulmano do Alcorão. A criação do novo grupo coincide com o anúncio feito nesta segunda-feira pelas Forças Armadas da Turquia de que unidades militares entraram na Síria para uma missão exploratória na província de Idlib, no marco dos acordos de Astana sobre a implementação do cessar-fogo no país árabe.
Além disso, tanto o Observatório Sírio de Direitos Humanos quanto um responsável curdo-sírio informaram da entrada ontem à noite de tropas turcas no povoado de Dara Aza, na vizinha província de Aleppo e perto do enclave curdo de Afrin.