Centenas de milhares de pessoas tomaram as ruas de Barcelona em um protesto contra a intervenção do governo central de Madri no Parlamento regional. Os manifestantes pedem também a liberação de dois proeminentes ativistas, acusados de apoiar os movimentos de sedição. É esperado um discurso do presidente regional, Carles Puigdemont, às 17h (de Brasília).
A marcha foi inicialmente convocada pela Assembleia Nacional da Catalunha e o instituto Omnium Cultural, mas acabou se tornando um ato suprapartidário contra Madri.
Mais cedo, o primeiro-ministro da Espanha, o conservador Mariano Rajoy, invocou o artigo 155 da Constituição e anunciou o afastamento de Puigdemont bem como a convocação de eleições em até seis meses. No começo do mês, separatistas fizeram um plebiscito não-autorizado por Madri no qual o pedido de independência venceu com mais de 90% dos votos.
Além de bandeiras da Catalunha, os manifestantes carregam banners com inscrições pedindo a liberdade dos ativistas separatistas Jordi Sanchez, presidente da Assembleia, e Jordi Cuixart, líder do Omnium.
O porta-voz do Omnium, Marcel Mauri, disse na manifestação que o plano do governo central da Espanha tem como objetivo tomar controle dos poderes regionais "para destruir a democracia".
Agusti Alcoberro, vice-presidente da Assembleia, classificou o movimento do governo da Espanha como "uma escalada repressiva para eliminar a Catalunha como uma nação política".