Por causa do Brexit, duas agências da União Europeia com sede em Londres vão precisar deixar o país rumo a outros membros do bloco, que se lançaram em uma acirrada disputa para acolher esses organismos e os benefícios econômicos associados.
Localizadas a centenas de metros de distância, no bairro empresarial de Canary Wharf em Londres, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e a Autoridade Bancária Europeia (EBA), são de fundamental importância para o funcionamento do mercado único, cada uma em sua área.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA, por sua sigla em inglês) tem sido responsável desde 2015 pela promoção da saúde pública através da avaliação e supervisão de medicamentos para uso humano e animal.
Esta agência, que possui quase 900 funcionários, ajuda na avaliação das autorizações de venda de medicamentos no território da UE, cuja competência corresponde a cada governo nacional.
Em 2015, recebeu cerca de 36 mil visitantes, incluindo cerca de 4.000 de fora da UE, o que gerou cerca de 30 mil noites de hotel.
A EMA geralmente organiza reuniões de delegações e especialistas dos países do bloco.
Sua sede em Londres tem 27 mil metros quadrados, que incluem um auditório para 300 pessoas.
De tamanho menor, a Autoridade Bancária Europeia (EBA, sigla em inglês) visa "manter a estabilidade financeira da UE" e "garantir a integridade, eficiência e funcionamento ordenado" do setor bancário.
Esta agência, criada em 2011, é conhecida pelos testes de estresse nos bancos europeus que realiza desde o início da crise financeira.
Um total de 169 pessoas trabalham na entidade, segundo dados de 2016, e seus visitantes geram cerca de 9 mil noites de hotel por ano.
A EBA, cuja sede cobre 2.345 metros quadrados, organiza inúmeras missões nos países do bloco (700 em 2016), por isso precisa de boas conexões aéreas, de acordo com o Conselho Europeu.
A agência possui dois centros de dados localizados em instalações separadas, também no Reino Unido atualmente e gerenciados por provedores externos.