Maduro sonha que Venezuela se torne a 5ª maior reserva de gás do mundo

De acordo com ranking elaborado pela CIA, no começo deste ano a Venezuela estava na oitava posição
AFP
Publicado em 24/11/2017 às 16:00
De acordo com ranking elaborado pela CIA, no começo deste ano a Venezuela estava na oitava posição Foto: Foto: JUAN BARRETO / AFP


A Venezuela poderia se tornar, em 2019, a quinta maior reserva mundial de gás, disse nesta sexta-feira (24) o presidente Nicolás Maduro, no Fórum dos Países Exportadores de Gás (FPEG), realizado na cidade boliviana de Santa Cruz de la Sierra.

"Almejo que, no mais tardar no ano de 2019, estejamos culminando o processo de certificação do gás (...), e a Venezuela, que hoje é (...) a oitava reserva de gás, possa ser (...) a quinta maior reserva de gás deste planeta", afirmou Maduro, que foi nesta sexta-feira ao último dia do FPEG. 

Segundo o ranking do The World Factbook, elaborado pela CIA (agência de inteligência dos EUA) no começo de 2017, a Rússia liderava a lista com as maiores reservas de gás, seguida do Irã, Catar, Estados Unidos e Arábia Saudita. A Venezuela estava na oitava colocação.

Maduro deu um panorama otimista sobre o futuro energético da Venezuela, que enfrenta uma crise econômica, à beira da hiperinflação e com dívidas em moratória. 

O processo de certificação na faixa petrolífera do rio Orinoco, iniciado por seu falecido antecessor Hugo Chávez, "levou à certificação da maior e mais importante reserva de petróleo do mundo", acrescentou Maduro.

Ele indicou que, com uma nova lei de investimentos estrangeiros, que será aprovada em breve pela Assembleia Constituinte de seu país, "serão criadas novas condições, muita atraentes, para o investimento internacional". 

Maduro antecipou ainda que, na próxima cúpula da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep), no fim deste mês, "haverá a ratificação dos acordos de produção, que permitiram uma estabilização moderada (...) do mercado petroleiro e uma recuperação sustentada dos preços do nosso hidrocarboneto". 

A reunião internacional na Bolívia foi acompanhada também pelo presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Obiang, cujo país será sede do próximo FPEG, em 2019.

Também estava presente o vice-presidente do Irã, Eshaq Yahanguiri, cuja nação "possui as maiores reservas a nível mundial e está aqui participando de forma muito ativa para influenciar nas decisões deste Fórum", comentou.

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