Relembre os principais ataques de extremistas islâmicos no Egito

O ataque que deixou ao menos 235 mortos nesta sexta-feira (24) foi o mais mortal da história recente do país
AFP
Publicado em 24/11/2017 às 22:06
O ataque que deixou ao menos 235 mortos nesta sexta-feira (24) foi o mais mortal da história recente do país Foto: AFP


O ataque a uma mesquita na região egípcia do Sinai, nesta sexta-feira (24), que matou ao menos 235 pessoas, foi o mais mortal da história recente do país.

Seguem os atentados mais sangrentos executados no país, reivindicados por islamitas desde o fim dos anos 1990. 

Atentado ainda não foi reivindicado

O atentado, que ainda não foi reivindicado, deixou 235 mortos e 109 feridos, segundo a televisão estatal egípcia.

Aconteceu na mesquita Al-Rawda, no vilarejo de Bir al-Abed, 40 quilômetros a oeste de Al-Arish, a capital da província do Sinai do Norte, região onde as forças de segurança combatem a facção egípcia do Estado Islâmico (EI).

Esta mesquita é frequentada principalmente por sufis, adeptos de uma corrente mística do Islã considerada como herética pelo grupo extremista.

Contra turistas

- Novembro de 1997: 62 pessoas, entre elas 58 turistas, morreram em um ataque no templo de Hatshepsut em Luxor, reivindicado pelo grupo islamita Jamaa Islamiyya.

- Outubro de 2004: vários turistas israelenses estavam entre os 34 mortos em três atentados a bomba nos complexos turísticos de Taba e Nuweiba, na região do Sinai. Houve mais de cem feridos.

- Julho de 2005: 70 pessoas morreram em três ataques à bomba na cidade turística de Sharm El Sheikh, às margens do mar Vermelho. Quatro grupos reivindicaram os atentados, inclusive um vinculado à Al Qaeda.

- Fevereiro de 2014: uma bomba matou três turistas sul-coreanos e seu motorista egípcio no Sinai.

- Outubro de 2015: um avião russo com 224 pessoas a bordo explodiu depois de decolar de Sharm El Sheikh. Todos os ocupantes faleceram. O braço egípcio do grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou o atentado.

Contra as forças de segurança

Os extremistas mataram centenas de policiais e soldados no Egito desde que o exército depôs o presidente islamita Mohamed Mursi em julho de 2013 e realizou uma dura repressão contra seus seguidores. 

- Agosto de 2013: insurgentes matam pelo menos 25 policiais no Sinai, a zona onde operam muitos grupos armados islamitas.

- Outubro de 2014: 30 soldados morreram em um atentado suicida com carro-bomba realizado por um suposto jihadista.

- Janeiro de 2015: 30 pessoas, a maioria militares, morreram em uma série de ataques coordenados no Sinai, reivindicados pela ala egípcia do EI.

Contra minorias religiosas

Desde dezembro de 2016, um grupo local do EI atribuiu-se vários ataques, que causaram a morte de mais de cem cristãos coptas. Dez por cento dos 90 milhões de egípcios fazem parte desta minoria.

- Dezembro de 2016: um atentado suicida contra uma igreja no Cairo deixou 29 mortos.

- Abril de 2017: em plena celebração do domingo de Ramos, camicases do grupo EI atentam contra duas igrejas do norte do Egito e deixam 45 mortos.

- Maio de 2017: o EI reivindica o ataque em que morreram pelo menos 29 coptas que viajavam para um mosteiro.

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