Irã nega fornecer armas aos rebeldes do Iêmen

Porta-voz do ministério iraniano de Relações Exteriores, Bahram Ghassemi, aponta ataques do Iêmen como forma de defesa contra a Arábia Saudita
AFP
Publicado em 20/12/2017 às 8:09
Porta-voz do ministério iraniano de Relações Exteriores, Bahram Ghassemi, aponta ataques do Iêmen como forma de defesa contra a Arábia Saudita Foto: Foto: AFP


O Irã negou de modo veemente que forneça armas aos rebeldes huthis do Iêmen ao responder as acusações feitas por Estados Unidos e Arábia Saudita, indicou a agência iraniana Isna.

"Não temos nenhuma relação de armas com o Iêmen", afirmou o porta-voz do ministério iraniano das Relações Exteriores, Bahram Ghassemi. 

"Rejeitamos as acusações de que o Irã fornece armas a diferentes grupos (no Oriente Médio) e desmentimos veementemente", completou o porta-voz.

Acusações

A Arábia Saudita, rival regional do Irã, anunciou na terça-feira (19) que interceptou pela segunda vez em dois meses um míssil balístico disparado a partir do Iêmen pelos rebeldes huthis.

As autoridades sauditas classificaram o míssil de "iraniano-huthi".

Na terça-feira, a embaixadora americana na ONU, Nikki Haley, afirmou que o Irã abastece os rebeldes iemenitas huthis com mísseis.

"Poderíamos estudar sanções contra o Irã por suas violações do embargo sobre a venda de armas ao Iêmen", disse Haley.

O bloqueio imposto pela Arábia Saudita e seus aliados árabes presentes militarmente no Iêmen torna impossível a entrega de armas, declarou Ghassemi.

Se o Irã fornecesse armas aos huthis teria "a coragem de anunciar", completou.

A República Islâmica do Irã apoia os huthis, mas desmente regularmente o fornecimento de armas.

Forma de defesa

"Atualmente vemos que o Iêmen busca técnicas internas para defender-se da agressão e dos ataques incessantes", disse Ghasemi, em referência aos bombardeios da coalizão militar liderada pela Arábia Saudita.

Esta coalizão atua militarmente no Iêmen desde março de 2015.

"As armas em posse dos iemenitas são as que foram abandonadas nas bases militares do país pelos governos precedentes", completou o porta-voz iraniano.

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