O chefe da diplomacia dos Estados Unidos, Rex Tillerson, se somou nesta terça-feira (13) à longa lista de integrantes do governo de Donald Trump que deixaram seus cargos desde que o magnata assumiu o poder em 20 de janeiro de 2017.
Veja abaixo os principais assessores de Trump que tiveram que abandonar o cargo:
Secretário de Estado Rex Tillerson
O ex-diretor-executivo da ExxonMobil foi demitido como secretário de Estado em 13 de março de 2018, depois de meses de tensão e humilhação por parte de Trump sobre estratégia diplomática, em particular sobre a Coreia do Norte e o Irã. Durante sua gestão, Tillerson se viu muitas vezes forçado a negar que havia brigado com Trump, e prometeu permanecer no cargo apesar de transcendidos de que alguma vez classificou ao presidente de "imbecil". Tillerson não esclareceu como soube da sua emissão por um tuíte no qual o presidente anunciou que seria substituído pelo chefe da CIA, Mike Pompeo.
Assessor econômico Gary Cohn
O ex-executivo do banco de investimentos Goldman Sachs renunciou como principal assessor econômico de Trump em 6 de março em desacordo com a decisão do presidente de impor novas tarifas as importações de aço e alumínio, última gota d'água depois de vários desacordos entre ambos. Cohn, que é judeu, havia ameaçado deixar o cargo depois que Trump se negou a condenar os grupos neonazistas protagonistas de violentas manifestações em agosto na cidade de Charlottesville, Virgínia.
Secretário de Saúde Tom Price
Ex-médico e congressista, Price encabeçou a promessa de Trump de derrogar a reforma sanitária aprovada na era de Obama. Se viu obrigado a renunciar em 20 de setembro de 2017 quando divulgou-se que ele havia feito 26 viagens em 2017 em aviões privados, com um custo de 400.000 dólares para os contribuintes.
Chefe de estratégia Steve Bannon
Bannon, "Príncipe da Escuridão" e "Presidente na Sombra", seu apelido, renunciou em 18 de agosto de 2017. Foi o ideólogo da campanha eleitoral de Trump, à qual deu uma forte roupagem populista e nacionalista. Como principal estrategista da Casa Branca, Bannon teve choques constantes com outros assessores. Seus laços com a extrema direita motivaram acusações de que Trump representava racistas.
Chefe de gabinete Reince Priebus
Priebus, ex-chefe do Comitê Nacional Republicano, foi o primeiro chefe de gabinete de Trump, com funções equiparáveis as do secretário-geral da Casa Branca. Nunca conseguiu disciplinar o presidente nem seus colaboradores. Deixou o cargo em 31 de julho de 2017, quando perdeu o apoio de Trump e foi substituído pelo general na reserva John Kelly.
Conselheiro de Segurança Nacional Michael Flynn
Flynn chegou à Casa Branca depois de ter sido demitido pelo antecessor de Trump, Barack Obama, como chefe de Inteligência da Defesa. Com Trump durou apenas 22 dias. Foi despedido em 13 de fevereiro de 2017 ao ver-se comprometido por declarações falsas que fez sobre seus contatos com funcionários russos e após ser divulgado seu trabalho como lobista do governo de Turquia durante anos.
Sean Spicer, porta-voz
Spicer tinha uma das tarefas mais delicadas da Casa Branca: comunicar as mensagens de Trump. Desde o primeiro dia, a tarefa foi complexa. O porta-voz logo se tornou alvo favorito do programa humorístico "Saturday Night Live". Se demitiu em 22 de julho de 2017, após a nomeação do explosivo Anthony Scaramucci como diretor de Comunicação da Casa Branca. Scaramucci foi demitido nos seus 10 primeiros dias, batendo o recorde de permanência.
Entre as dezenas de funcionários que entraram e saíram da administração Trump, estão também a diretora de Comunicações Hope Hicks; o secretário de Personal da Casa Branca, Rob Porter; a adjunta do chefe de Gabinete da Casa Branca, Katie Walsh; a assistente do presidente Omarosa Manigaul; a assessora adjunta de Segurança Nacional Kathleen Troia McFarland; e a assessora de Trump sobre Oriente Médio, Dina Powell.