A Coreia do Sul e os Estados Unidos começaram neste domingo (1º) os exercícios militares anuais e estes devem testar a durabilidade da abertura diplomática com a Coreia do Norte, com o objetivo de interromper o programa nuclear do país.
Os exercícios anuais serão realizados até o final de abril e devem envolvendo centenas de tropas americanas e 300 mil sul-coreanos. O Pentágono descreveu as manobras na península como de natureza defensiva e disse que elas ocorreriam na "mesma escala, alcance e duração dos anos anteriores".
A retomada dos exercícios amplia a pressão sobre Pyongyang e pode desafiar a sinceridade do regime coreano nas negociações destinadas a convencê-lo a abandonar suas armas nucleares. Uma reunião entre as duas Coreias na quinta-feira não foi suficiente para se chegar a um acordo sobre o tema.
Washington e Seul haviam adiado os exercícios no início deste ano, para evitar a sobreposição com as Olimpíadas de Inverno na Coreia do Sul.
A Coreia do Norte diz enxergar os exercícios como um prelúdio para a invasão e respondeu nos últimos anos lançando mísseis. No final de fevereiro e no início de março, o porta-voz da Coreia do Norte alertou que não poderia tolerar as manobras militares, chamando-as de "um desafio cruel para toda a nação coreana" que traria "nuvens de guerra para a Península coreana".