Síria acusa Israel de bombardeio contra base militar que deixou mortos

Pelo menos 14 pessoas foram mortas no bombardeio. Para o regime sítio, Israel é o responsável
AFP
Publicado em 09/04/2018 às 6:34
Pelo menos 14 pessoas foram mortas no bombardeio. Para o regime sítio, Israel é o responsável Foto: Foto: AFP


O regime sírio acusou nesta segunda-feira (9) Israel por um ataque contra uma base militar na região central da Síria, que deixou pelo menos 14 mortos, incluindo iranianos.

"A agressão israelense no aeroporto T-4 foi realizada por aviões F-15 que lançaram vários mísseis", afirmou uma fonte militar citada pela agência oficial SANA.

A agência havia acusado inicialmente o governo dos Estados Unidos, mas depois modificou sua declaração.

Na madrugada desta segunda-feira, vários mísseis atingiram a base T-4, que fica no centro do país, e também é conhecida como a base aérea de Tiyas.

Os presidentes dos Estados Unidos e da França, Donald Trump e Emmanuel Macron, anunciaram no domingo uma "resposta forte e comum" após um suposto "ataque químico" que deixou dezenas de mortos em uma zona rebelde próxima de Damasco.

Washington e Paris negaram qualquer participação no ataque, enquanto o exército de Israel se recusou a fazer qualquer comentário.

Ao mesmo tempo, a Rússia acusou Israel pelo bombardeio contra a base militar T-4, entre as cidades de Homs e Palmira.

"Dois aviões F-15 do exército israelense atacaram o a base aérea entre 3H25 e 3H53 horário de Moscou (21H25 e 21H53 de Brasília, domingo) com a ajuda de oito mísseis teleguiados a partir do território libanês, sem penetrar no espaço aéreo sírio", afirmou o ministério russo da Defesa.

De acordo com Moscou, cinco dos oito mísseis teleguiados foram destruídos pela defesa antiaérea sírio e três atingiram a base".

"Nenhum assessor russo presente na Síria ficou ferido no ataque", afirma o comunicado.

A ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que tem uma ampla rede de fontes para monitorar o conflito, informou que 14 militares morreram, incluindo pelo menos três sírios e iranianos.

O diretor do OSDH, Rami Abdel Rahman, afirmou que as forças do regime, apoiadas por Rússia e Irã, assim como por combatentes da milícia libanesa Hezbollah, têm presença na base.

Israel advertiu em várias oportunidades que não aceitará que o Irã, seu grande inimigo, estabeleça trincheiras militares na Síria e bombardeou alvos iranianos neste país.

Em fevereiro, Israel acusou as forças iranianas presentes na base T-4 pelo envio de um drone ao território israelense.

Depois de bombardear unidades iranianas na Síria, um F-16 de Israel foi derrubado pela Síria em um dos momentos mais violentos do conflito.

Em seguida, Israel executou o que chamou de ações de "grande escala" contra os sistemas de defesa aérea sírios e alvos iranianos, que segundo os comunicados incluíam a base T-4.

 

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