Cuba rechaçou neste sábado (14) a exclusão da Venezuela da Cúpula das Américas em Lima e pediu a liberdade do ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, a quem consideram um "preso político", em um discurso do chanceler Bruno Rodríguez no encontro.
"A exclusão do presidente Nicolás Maduro desta cúpula é uma afronta a todos os povos de nossa América e um retrocesso histórico imposto pelo atual governo dos Estados Unidos", afirmou o chefe da diplomacia cubana, que representa o presidente Raúl Castro.
"Estamos aqui para defender sua livre determinação e para reiterar a invariável solidariedade de Cuba com a união cívico-militar bolivariana e chavista do povo venezuelano", afirmou Rodríguez.
O chanceler denunciou que a luta contra a corrupção, tema central desta Cúpula, se tornou "uma arma política", que foi usada contra Lula no Brasil.
"Usam a luta contra a corrupção como uma arma política. Os procuradores e juízes agem como partidos políticos", declarou.
"Impedem que os eleitores votem por candidatos com forte apoio popular, como é o caso do presidente preso político Luiz Inácio Lula da Silva, cuja liberdade pedimos", acrescentou o chanceler aos presentes, entre eles o presidente Michel Temer.
O chanceler cubano foi um dos poucos a elogiar as polêmicas eleições venezuelanas, nas quais Maduro tenta a reeleição.
"Desejamos sucesso na próxima eleição presidencial na Venezuela", concluiu Rodríguez.