O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, deu nesta terça-feira (17) sua "benção" às conversações dirigidas a acabar com o conflito na península coreana, preparando o cenário para um importante passo diplomático e uma série de futuras cúpulas.
Trump abriu a porta a um tratado de paz que escapou de outros diplomatas durante mais de meio século, quando faltam apenas dez dias para um incomum encontro entre os líderes das duas Coreias e quando o próprio presidente prevê se reunir com o líder norte-coreano, Kim Jong Un, no início de junho.
"A Coreia do Norte está atenta", disse Trump em tom confiante ao se encontrar com o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, em seu resort de Mar-a-Lago, na Flórida.
"A Coreia do Sul está se reunindo e tem planos para se reunir para ver se pode acabar com a guerra, e tem minha benção nisto", disse Trump. "As pessoas não se dão conta que a Guerra da Coreia não terminou. Está acontecendo agora mesmo e eles estão discutindo para acabar com isto".
Trump assinalou que os Estados Unidos já mantiveram conversações diretas de "muito alto nível" com Pyongyang e disse que sua reunião com Kim será a oportunidade de "solucionar um problema mundial".
As declarações de Trump indicam que as conversações entre Coreia do Norte e Coreia do Sul previstas para 27 de abril poderão abordar o tema de um possível tratado de paz, que seria um importante substitutivo ao armistício firmado em 1953.
O Comando das Nações Unidas, dirigido por Estados Unidos, China e Coreia do Norte, é signatário do acordo de meio século, mas a maioria dos especialistas coincide em que a Coreia do Sul será signatária de qualquer acordo sucessor.
Sobre sua reunião com Kim, prevista para "princípio de junho ou antes", Trump revelou que avalia cinco locais, "assumindo que as coisas vão bem". Os possíveis locais são China, Coreia do Norte, Coreia do Sul ou Panmunjom, na zona desmilitarizada entre as duas Coreias.