Donald Trump afirmou nesta segunda-feira sua vontade de trabalhar em estreita colaboração com a Nigéria em sua luta contra o terrorismo, durante a visita do presidente nigeriano, Muhammadu Buhari, à Casa Branca.
O presidente americano elogiou Buhari e destacou a importância do encontro, "especialmente em relação ao terrorismo", já que a Nigéria enfrenta há nove anos o grupo jihadista Boko Haram, em um conflito que devastou o nordeste do país e deixou mais de 20 mil mortos.
A "Nigéria foi um dos primeiros países africanos a se unir à coalizão internacional para vencer o grupo Estado Islâmico (EI) e as forças nigerianas lideram os esforços regionais contra o EI", destacou Trump, referindo-se ao Boko Haram, "outro grupo jihadista impiedoso".
Buhari pretende comprar, por 496 milhões de dólares, doze aviões A-29 Super Tucano da Embraer fabricados em associação com a americana Sierra Nevada Corporation.
O então presidente Barack Obama congelou, em janeiro de 2017, um acordo para a compra dos Super Tucanos após uma missão contra o Boko Haram bombardear um campo de refugiados, matando 100 pessoas.
Trump abordou ainda a questão do "assassinato" de cristãos na Nigéria: "Trabalhamos neste problema porque não podemos aceitar esta situação", disse em referência ao ataque perpetrado contra uma igreja em 24 de abril, que matou 18 pessoas.
O centro da Nigéria é um campo de conflito intercomunitário, onde o norte, predominantemente muçulmano, encontra o sul, de maioria cristã.