No Uruguai, mais da metade dos consumidores usa maconha legal

Venda em farmácias começou em julho do ano passado, e as duas empresas que produzem para o Estado, que leva a droga para a rede de distribuição
AFP
Publicado em 03/05/2018 às 18:02
Venda em farmácias começou em julho do ano passado, e as duas empresas que produzem para o Estado, que leva a droga para a rede de distribuição Foto: Foto: AFP


No Uruguai, onde o mercado da maconha foi regulamentado, 54% dos consumidores da substância compram dentro do sistema legal, e o volume disponível continua insuficiente, de acordo com um relatório oficial.

"Antes do primeiro ano de implementação, o mercado regulado alcança 54% dos usuários de maconha", afirma o relatório do Instituto de Regulamentação e Controle da Cannabis (IRCCA), que explica que esse percentual inclui consumidores registrados, ou não, no Estado.

Formas de aquisição

No Uruguai, existem três formas de adquirir cannabis por meio do sistema regulamentado e registrado pelo Estado: o autocultivo, o cultivo em cooperativas, ou clubes, e a compra em farmácias de até 40 gramas mensais. 

A venda em farmácias começou em julho do ano passado, e as duas empresas que produzem para o Estado, que leva a droga para a rede de distribuição, não conseguiram suprir a demanda das quase 24 mil pessoas registradas para comprar. 

De acordo com o estudo "Mercado regulado da cannabis", um autocultivador, ou membro de clube canábico "provê a outras duas pessoas (...), enquanto as pessoas que adquirem na farmácia compartilham apenas com uma pessoa a mais".

Assim, embora apenas 23% das 147 mil pessoas que o governo estima serem consumidoras de maconha no país estejam registradas como cultivadoras, membro de clube, ou comprador em farmácias, a população que realmente tem acesso à cannabis regulada é muito maior.

O número de pessoas registradas para comprar maconha produzida sob controle estatal e vendida em farmácias no Uruguai se encaminha para quintuplicar em nove meses dos 4.900 inscritos inicialmente, e a produção ainda não é suficiente para suprir a demanda.

Desde a primeira venda em julho do ano passado, o Estado canalizou 752 kg de maconha através das farmácias.

A maconha estatal é produzida em estufas a 50 km oeste de Montevidéu, sob forte vigilância das autoridades.

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