Um homem armado com uma faca matou uma pessoa e feriu outras quatro neste sábado à noite em Paris, antes de ser abatido pela polícia, em um ato cujas motivações ainda são desconhecidas.
O ataque ocorreu no II arrondissement da capital francesa, perto da Ópera Garnier, uma zona central cheia de bares, restaurantes e teatros, muito movimentada nas noites de sábado.
Pouco antes das 21H00, o homem esfaqueou cinco pessoas, entre elas um pedestre que morreu em consequência de seus ferimentos, indicou o diretor de gabinete da chefia de polícia de Paris, Pierre Gaudin.
A polícia interveio imediatamente e matou o agressor, acrescentou.
Duas pessoas ficaram gravemente feridas no ataque e foram levadas a um hospital do oeste de Paris. As outras duas tiveram ferimentos leves.
O ministro do Interior, Gérard Collomb, elogiou no Twitter "o sangue frio e a capacidade de resposta das forças policiais que neutralizaram o agressor". "Meus primeiros pensamentos são para as vítimas deste ato atroz", acrescentou.
A brigada criminal da polícia judicial de Paris abriu uma investigação sobre o ocorrido, indicou uma fonte judicial. Os motivos do agressor ainda são desconhecidos.
As forças policiais estabeleceram um perímetro de segurança em torno ao lugar do ataque, para onde se dirigiram muitos veículos da polícia, de bombeiros e dos serviços de emergência.
Vários turistas e moradores estavam bloqueados atrás de um cordão de segurança.
"Estava na varanda de um café, escutei três ou quatro disparos, foi tudo muito rápido. Os garçons nos disseram para entrar rapidamente. Depois saí para ver o que estava acontecendo e vi um homem no chão", disse à AFP Gloria, de 47 anos.
A agressão ocorre em um momento em que a França vive sob ameaça terrorista. O último ataque mortal, em 23 de março em Carcassonne, no sul do país, elevou para 245 o número de vítimas mortais em atentados perpetrados em solo francês desde 2015.
Não é o primeiro ataque com faca na França. Houve um em Marselha (sudeste) em outubro de 2017.
A França participa da coalizão militar internacional que intervém na Síria e Iraque contra o grupo extremista Estado Islâmico (EI). Em meados de abril, a França, junto com Estados Unidos e Reino Unido, atacaram lugares de produção e armazenamento de armas químicas do regime sírio de Bashar al Assad.