Moradores evacuados por erupção em Galápagos voltarão para casa

No entanto, as visitas ao Sierra Negra 'continuam suspensas pelo Alerta Laranja', acrescentou a pasta
AFP
Publicado em 27/06/2018 às 17:54
No entanto, as visitas ao Sierra Negra 'continuam suspensas pelo Alerta Laranja', acrescentou a pasta Foto: Foto: Christian SAA / PARQUE NACIONAL GALAPAGOS / AFP


As 50 pessoas evacuadas pela erupção do vulcão Sierra Negra poderão voltar para a ilha Isabela, em Galápagos, após a diminuição da atividade sísmica do colosso, informou a Secretaria de Comunicação (Secom) nesta quarta-feira (27).

O Comitê de Operações de Emergência (COE) resolveu "autorizar o retorno das pessoas evacuadas das zonas próximas" ao vulcão, assinalou a Secom em comunicado.

No entanto, as visitas ao Sierra Negra "continuam suspensas pelo Alerta Laranja", acrescentou a pasta.

Mais cedo, o Instituto Geofísico equatoriano havia relatado uma diminuição da atividade sísmica do vulcão, localizado na ilha Isabela, a maior do arquipélago de Galápagos.

"Apesar da diminuição da atividade sísmica, o vulcão ainda está em uma fase eruptiva", advertiu o Geofísico.

Zonas atingidas pela lava

A lava expelida pelo Sierra Negra se dirige ao o mar pela parte norte e não chegou a zonas agrícolas ou habitadas.

O impacto da erupção na biodiversidade é "mínimo" porque os fluxos de lava "estão indo na direção contrária dos locais onde há as populações naturais de tartarugas e iguanas", disse à AFP Jorge Carrion, diretor do Parque Nacional de Galápagos. 

Os centros de reprodução e criação de tartarugas gigantes, que dão o seu nome às ilhas, também "estão a salvo", acrescentou Carrión. 

O vulcão Sierra Negra, de 1.124 metros de altura, entrou em erupção apenas 10 dias depois do vulcão La Cumbre em Fernandina.

Galápagos, a 1.000 km da costa continental do Equador, é Patrimônio Natural da Humanidade. As ilhas fazem parte da reserva da biosfera do planeta com um dos ecossistemas mais frágeis.

Com flora e fauna únicas no mundo, Galápagos serviu de laboratório ao naturalista inglês Charles Darwin para desenvolver a teoria da evolução das espécies.

O arquipélago recebeu seu nome por conta das tartarugas gigantes que chegaram há três ou quatro milhões de anos a essa região vulcânica no Pacífico.

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