Mergulhadores de resgate iniciaram a missão de trazer 12 membros de um time de futebol juvenil e seu técnico de uma caverna inundada no norte da Tailândia, onde ficaram presos por mais de duas semanas, segundo informa o agente do governo local responsável pelo resgate.
Neste domingo (8), o governador Narongsak Osottanakorn disse que dois mergulhadores acompanharão cada um dos rapazes enquanto eles fazem a travessia a partir da parte traseira do complexo de cavernas de 10 quilômetros de extensão. Cada jornada provavelmente levará várias horas e envolverá o uso de equipamento de mergulho para navegar por longas passagens, que ainda estão submersas após uma inundação ter detido os 12 jovens e seu treinado no dia 23 de junho.
"O Dia D começou às 10h (horário local)", disse o governador Narongsak. "Não esperamos a primeira saída antes das 21h. Levará dois ou três dias para tirá-los de lá."
Durante dias, coordenadores de resgate adiaram a decisão de levar os meninos para fora da caverna, preferindo esgotar outras opções, como fazer um buraco a partir da parte superior da montanha ou drenar mais água de Tham Luang, um dos maiores sistemas de cavernas da Tailândia. O resgate através de passagens parcialmente submersas é considerado altamente perigoso, mesmo para os mais aptos e experientes mergulhadores de cavernas. Um ex-membro da Marinha Tailandesa morreu depois de ficar sem ar na última quinta-feira.
Esforços para perfurar a montanha de seu topo até onde a caverna está localizada foram mal sucedidos até agora. O governador Narongsak disse que as equipes de perfuração fizeram mais de 100 buracos, acrescentando que algumas chegam a 400 metros de profundidade, em uma tentativa de localizar os meninos.
Ele disse que as autoridades concluíram que agora é o momento ideal para começar o resgate, antes que as chuvas de monção se intensifiquem e piorem a inundação dentro da caverna.
O governador Narongsak disse que 18 mergulhadores foram mobilizados inicialmente, compreendendo 13 mergulhadores estrangeiros e cinco membros da Marinha Tailandesa. O plano é trazer os meninos um a um. Eles e suas famílias foram informados sobre o plano de resgate, segundo o governador.
Correntes fortes e baixa visibilidade são alguns dos desafios. Mas os mergulhadores consideram a parte mais perigosa da missão uma porção que eles chamam de sifão: uma passagem pequena demais para se atravessar enquanto se usa um tanque de ar. Navegar no sifão exigiria que os meninos viajassem parcialmente sem os equipamentos e contassem com os mergulhadores para transportar seu aparelho de respiração.