Um homem-bomba se explodiu neste domingo (15) na hora da saída dos funcionários do ministério do Desenvolvimento Rural em Cabul, capital do Afeganistão, matando ao menos sete pessoas e deixando 15 feridos.
"O objetivo do atentado ainda é desconhecido, mas, segundo nossas informações, sete pessoas morreram e 15 ficaram feridas, entre elas civis e agentes dos serviços de segurança", informou o porta-voz da polícia, Shasmat Stanikazai.
O homem-bomba chegou andando até o lugar do atentado e acionou seu colete de explosivos. Contactado pela AFP, o porta-voz do ministério de Desenvolvimento Rural, Fraidoon Azhan, confirmou os seis mortos e que nenhuma vítima fatal é funcionário da pasta.
"Um veículo de conselheiros se encontrava perto do local do atentado, mas só ficou danificado de maneira parcial e os próprios conselheiros estrangeiros não foram feridos", acrescentou Azhan. A explosão aconteceu bem na hora do fim do expediente dos trabalhadores.
É a segunda vez que um ministério é alvo de um atentado. Em 11 de junho passado, outro camicase se explodiu matando 13 pessoas e ferindo outras 31.
O grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou esse atentado. Um relatório da ONU divulgado neste domingo aponta que o Afeganistão bateu um novo recorde de civis assassinados no primeiro trimestre de 2018, apesar de três dias de trégua em junho.
Entre 1o. de janeiro e 30 de junho morreram 1.692 civis, a metade deles em atentados atribuídos ao grupo jihadista EI. Trata-se do período com mais mortes que a ONU começou a contabilizar as vítimas civis há dez anos.
Somando mortos e feridos, 5.122 civis se viram afetados no período pela violência no Afeganistão, indicou a Missão de Assistência das Nações Unidas para o Afeganistão (Manua).