Meninos da caverna não tinham comida e sobreviveram com água da chuva

Um dos meninos informou que todos bebiam a água da chuva e atribuiu o resgate a um milagre
JC Online com agências
Publicado em 18/07/2018 às 9:43
Foto: Foto: AFP


Os doze meninos e seu treinador resgatados da caverna na Tailândia em uma operação espetacular deixaram o hospital e concederam pela primeira vez uma coletiva de imprensa nesta quarta-feira (18), em que aparecem com o aspecto saudável. Um dos meninos afirmou que foi um milagre que ele e seus colegas tenham sido encontrados depois de passar nove dias presos na caverna. Além disso, informaram que não tinham comida e que sobreviveram nove dias bebendo água da chuva que escorria pelas pedras das paredes.

O grupo afirmou ainda que tentaram sair da caverna, mas não obtiveram sucesso. "Nós tentamos sair porque achamos que não podíamos esperar que as autoridades nos resgatassem", explicou o técnico Ekkapol Chantawong. "Foi um milagre", acrescentou em inglês Adul Sam-On, de 14 anos.

Usando uma camiseta com o desenho de um javali, em referência ao nome da equipe de futebol "Javalis Selvagens", os adolescentes se apresentaram de foram individual, depois de terem improvisado passes com uma bola onde foi realizada a coletiva de imprensa.

Os socorristas estudaram a melhor forma de tirá-los da gruta e optaram por uma operação arriscada que implicava guiar os meninos por passagens inundadas em macas. Eles foram levemente sedados para evitar que entrassem em pânico.

A operação de resgate dos "Javalis Selvagens" cativou o planeta e terminou em completo sucesso no dia 10 de julho.

Milagre

Adul Sam-On, de 14 anos afirmou que foi um milagre que ele e seus colegas tenham sido encontrados depois de passar nove dias presos na caverna. Os médicos anteciparam a alta hospitalar em um dia e as autoridades autorizaram o grupo a falar com a imprensa antes de voltar para casa.

Os especialistas advertem que os jogadores da equipe "Javalis Selvagens" e seu treinador poderão sofrer transtornos em longo prazo, devido à intensa experiência vivida na caverna de Tham Luang, no norte da Tailândia.

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