Passeata em defesa do aborto reúne milhares no Chile

Milhares participaram de ato em defesa do aborto no Chile, declarando insuficiente lei atual que permite interrupção da gravidez só em nível terapêutico
AFP
Publicado em 26/07/2018 às 2:52
Milhares participaram de ato em defesa do aborto no Chile, declarando insuficiente lei atual que permite interrupção da gravidez só em nível terapêutico Foto: CLAUDIO REYES / AFP


Milhares de pessoas participaram nessa quarta-feira (25), em Santiago, de um protesto em defesa da legalização do aborto no Chile, declarando insuficiente a lei atual que permite a interrupção da gravidez apenas em nível terapêutico.

Em uma fria noite de inverno, uma multidão carregando cartazes e lenços verdes ocupou a Avenida Alameda, a principal artéria de Santiago, para exigir a legalização total do aborto no Chile, com as mulheres tendo o direito de decidir - de forma segura e gratuita - pela interrupção da gravidez.

"O aborto livre é um direito humano básico. Esta passeata é necessária para se conseguir o que sempre desejamos, nos dá mais força no caminho para a liberdade", disse à AFP Isidora, uma estudante de 19 anos que participou do evento.

Lei promovida por Bachelet

A ditadura militar de Augusto Pinochet (1973-1990) criminalizou o aborto sob todas as formas em 1989, e assim permaneceu por 26 anos, até a presidente e pediatra Michelle Bachelet aprovar a descriminação do aborto em três casos: risco de vida para a mãe, inviabilidade do feto e estupro.

A lei promovida por Bachelet foi aprovada pelo Congresso em setembro de 2017, após o Tribunal Constitucional rejeitar os recursos apresentados por partidos conservadores de direita.

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