Ex-advogado afirma que Trump aprovou reunião com advogada russa

Ex-advogado de Trump afirmou que o agora presidente aprovou reunião em 2016 entre seu filho e uma advogada russa que oferecia informações sobre Hillary Clinton
AFP
Publicado em 27/07/2018 às 2:38
Ex-advogado de Trump afirmou que o agora presidente aprovou reunião em 2016 entre seu filho e uma advogada russa que oferecia informações sobre Hillary Clinton Foto: Foto: NICHOLAS KAMM / AFP


Michael Cohen, ex-advogado de Donald Trump, afirmou que o agora presidente dos Estados Unidos aprovou uma reunião durante a campanha de 2016 entre seu filho e uma advogada russa que oferecia informações comprometedoras sobre Hillary Clinton, revela a imprensa americana nesta quinta-feira.

Trump sempre declarou não ter conhecimento desta reunião, cuja existência já foi confirmada e sobre a qual Donald Trump Jr. depôs em uma comissão parlamentar.

No dia 9 de junho de 2016, Donald Trump Jr e Jared Kushner, genro de Trump, se reuniram na Trump Tower de Nova York com a advogada Natalia Veselnitskaya, que eles pensavam ser uma emissária do governo russo capaz de repassar informações sobre Hillary Clinton, a adversária democrata do então candidato republicado.

Segundo o clã Trump, o encontro foi inútil.

Cohen, ex-advogado e homem de confiança que posteriormente rompeu com Trump, declarou que o hoje presidente sabia da reunião mesmo antes de ela acontecer, segundo as redes de televisão CNN e NBC.

De acordo com as mesmas fontes, Cohen estava presente quando Trump foi informado da oferta para o encontro com a advogada russa e deu seu aval à reunião.

Mas as fontes destacaram à CNN que Cohen não tem provas para apoiar suas declarações, como algum registro de áudio.

Donald Trump Jr.

Donald Trump Jr. foi ouvido por uma comissão parlamentar no verão boreal de 2017, após a imprensa americana revelar o encontro.

"A mulher, como ela disse publicamente, não era uma representante do governo" russo, assinalou o filho de Trump em um comunicado, precisando que a advogada finalmente "não tinha qualquer informação a dar".

O procurador especial Robert Mueller investiga se houve conluio entre Moscou e a equipe de Trump durante a campanha presidencial de 2016.

Segundo CNN e NBC, que citam fontes anônimas, Cohen estaria disposto a repetir suas declarações diante de Mueller.

O presidente americano nega a existência de qualquer conluio entre sua equipe de campanha e os russos, e qualifica regularmente a investigação de Mueller como "uma caça às bruxas".

Mueller já denunciou 31 pessoas, entre elas 12 agentes de inteligência russos, por hackear computadores do Partido Democrata.

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