As sanções dos Estados Unidos à Rússia continuarão vigentes e inalteradas até o momento, disse o presidente Donald Trump nesta segunda-feira (30), duas semanas após uma polêmica cúpula em Helsinque com seu homólogo russo, Vladimir Putin.
"As sanções contra a Rússia permanecerão como estão", disse Trump na Casa Branca durante uma entrevista coletiva conjunta com o primeiro-ministro italiano, Giuseppe Conte.
Conte, por sua vez, se manifestou favoravelmente as negociações com Moscou.
"A Itália é favorável ao diálogo com a Rússia, mas a Itália também considera que o diálogo entre Estados Unidos e Rússia é fundamental para que possamos ter resultados positivos em uma perspectiva mais global para a estabilidade e a segurança", disse.
"As sanções contra a Rússia não são, nem podem ser, um fim em si mesmas", acrescentou o político italiano.
Trump foi criticado há duas semanas por uma atitude considerada complacente em relação a Putin, em um momento em que a comunidade de Inteligência dos Estados Unidos acusa a Rússia de interferência nas eleições presidenciais de 2016.
Desde a reunião na Finlândia, Washington tem buscado mostrar uma postura dura em relação a Moscou.
Em uma audiência no Congresso na semana passada, o secretário de Estado, Mike Pompeo, disse que advertiu pessoalmente funcionários russos de abster-se de interferir em atos eleitorais dos Estados Unidos, e ressaltou sua disposição de instaurar novas sanções contra Moscou.
Pouco antes, Pompeo havia reiterado que os Estados Unidos rechaçam a anexação da península ucraniana da Crimeia por parte da Rússia.
O próprio Trump se gabou há alguns dias de sua "firmeza" em relação a Putin.
"Nenhum presidente foi tão duro como eu com a Rússia (...) Acho que o presidente Putin sabe disso melhor que ninguém, certamente melhor do que a imprensa", disse na Casa Branca.