O Japão foi sacudido neste domingo (30) pelo tufão Trami, que deixou dezenas de feridos, especialmente nas ilhas do sul do arquipélago, e ameaçava provocar inundações.
O ciclone afetou os sistemas de transporte no oeste do Japão e levou à suspensão de mais de 1.000 voos devido ao fechamento do aeroporto de Kansai, perto de Osaka.
O tufão, cujas rajadas de vento atingiram 215 km/h, avançava pelo arquipélago perdendo força, mas provocando condições climáticas extremas até segunda-feira, de acordo com as autoridades.
No total, 84 pessoas sofreram ferimentos leves - principalmente cortes por vidros quebrados - e uma mulher foi declarada desaparecida na região de Miyazaki, que teve recorde de precipitações e inundações pontuais.
O canal público NHK informou sobre a morte de um homem na ilha de Honshu, e do desaparecimento de outro na ilha de Kyushu, mas não foi possível obter confirmação de fontes oficiais de nenhum dos dois casos.
As autoridades divulgaram alertas de retirada não obrigatória para 1,5 milhão de moradores de todo país, informou o NHK. Quase 500.000 casas em Kyushu e Okinawa estavam sem energia elétrica, de acordo com os serviços públicos locais.
Trami não deve afetar Tóquio diretamente, mas espera-se fortes ventos e intensas chuvas a partir da noite de domingo.
A circulação dos trens de alta velocidade foi suspensa, e cerca de 1.000 voos foram cancelados após o fechamento do aeroporto de Kansai, perto de Osaka.
As autoridades do sistema ferroviário tomaram a incomum decisão de cancelar os serviços de trens vespertinos em Tóquio, uma das redes mais movimentadas do mundo.
O tufão Trami é o último de uma série de fenômenos climáticos extremos no Japão, que foi afetado por tufões, inundações, terremotos e ondas de calor nos últimos meses, deixando uma grande quantidade de mortos e provocando amplos danos materiais.
O tufão anterior, Jebi, matou mais de 10 pessoas no início de setembro no oeste do arquipélago.