Ao menos 38 pessoas, principalmente familiares de combatentes do grupo Estado Islâmico (EI), entre eles treze crianças, foram mortas em ataques aéreos no leste da Síria atribuídos à coalizão internacional anti-extremista, informou uma ONG nesta terça-feira (13).
Os ataques se concentraram no domingo no último reduto extremista perto da fronteira iraquiana.
Nesta região, a coalizão impulsionada por Washington intervém em apoio aos combatentes curdos e árabes das Forças Democráticas Sírias (FDS) que realizam a ofensiva terrestre.
"Foram encontrados ao menos 38 corpos, dos quais 32 pertencem a familiares de membros do Estado Islâmico", disse à AFP o diretor do Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), Rami Abdel Rahman, acrescentando que há 13 crianças entre as vítimas.
"Os ataques aéreos foram dirigidos contra a localidade de Al Shaafa", sob o controle dos jihadistas.
Desde quinta-feira, os ataques da coalizão causaram 72 mortes, destas a de 31 crianças, familiares de membros da EI, segundo o OSDH.
No domingo, depois de uma trégua de 10 dias, as Forças Democráticas Sírias anunciaram a retomada da sua ofensiva contra o reduto extremista das localidades de Hajin, Sussa e Al-Shaafa.
O cessar-fogo unilateral havia sido decidido após os bombardeios turcos sobre posições militares curdas no norte da Síria.
A guerra na Síria, que começou em 2011 com a repressão do regime de Bashar al Assad a manifestações pacíficas contra o governo, se alastrou pelo país, envolvendo grupos jihadistas em um território cada vez mais dividido.
Desde então, já deixou mais de 360 mil mortos e milhões de deslocados e refugiados.