Mais de 15 mil migrantes foram repatriados da Líbia, diz OIM

Em 2017, a OIM repatriou cerca de 20 mil migrantes e deseja aumentar esse número para 30 mil em 2018
AFP
Publicado em 23/11/2018 às 19:41
Em 2017, a OIM repatriou cerca de 20 mil migrantes e deseja aumentar esse número para 30 mil em 2018 Foto: Foto: ANGELOS TZORTZINIS / AFP


Mais de 15 mil migrantes que tentaram atravessar o Mediterrâneo sem sucesso e arriscando suas vidas para chegar à Europa foram repatriados da Líbia para os seus países de origem desde o início do ano, anunciou nesta sexta-feira (23) a Organização Internacional para as Migrações (OIM).

Essas pessoas vêm de 32 países da Ásia e da África, de acordo com a OIM. 

"Desde o início de 2018, mais de 15 mil migrantes puderam voltar para suas casa graças a programas de retorno voluntário" com o apoio do Fundo Fiduciário da União Europeia para a África, indicou o escritório da OIM na Líbia em um breve comunicado. 

A organização colocou em suas contas do Facebook e Twitter um número de telefone à disposição dos "migrantes em risco na Líbia e que desejam retornar aos seus países de origem".

Na época do ditador Muammar Kadhafi, deposto e assassinado em 2011, milhares de migrantes transitavam através das fronteiras do sul da Líbia, de cerca de 5.000 quilômetros de extensão, especialmente para tentar atravessar o Mediterrâneo para a Europa.

Desde 2011, a situação piorou. Traficantes migrantes aproveitaram o caos no país para enviar milhares de migrantes a cada ano para a Itália, a 300 quilômetros da costa da Líbia.

Muitos migrantes, bloqueados ou resgatados no mar, estão em centros de retenção sob condições difíceis e optam pela repatriação.

Muitas organizações internacionais, como a Agência da ONU para os Refugiados (Acnur), denunciam os maus-tratos sofridos pelos migrantes na Líbia. 

Projeto

Em 2017, a OIM repatriou cerca de 20 mil migrantes e deseja aumentar esse número para 30 mil em 2018, como parte de seu programa de "retorno voluntário". 

Esta organização havia acelerado o ritmo das saídas no final de 2017, após o escândalo desencadeado pela difusão, em novembro, de um documentário da emissora americana CNN que mostrava migrantes africanos vendidos como escravos perto de Trípoli.

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