México e América Central preparam plano para conter migração

O próximo chanceler do México disse que será elaborado um plano conjunto com El Salvador, Guatemala e Honduras para conter a migração na América Central
AFP
Publicado em 27/11/2018 às 20:51
O próximo chanceler do México disse que será elaborado um plano conjunto com El Salvador, Guatemala e Honduras para conter a migração na América Central Foto: Foto: GUILLERMO ARIAS / AFP


O próximo chanceler do México, Marcelo Ebrard, disse nesta terça-feira (27) que na Conferência Mundial de Migração prevista para o Marrocos, em 10 e 11 de dezembro, será elaborado um plano conjunto com El Salvador, Guatemala e Honduras para conter a migração na América Central.

"No Marrocos apresentaremos até onde vamos, como o plano está organizado", disse Ebrard, que assumirá no próximo sábado.

"Essencialmente, é um projeto de investimento que estamos tratando de fazer e uma seleção de planos que terão uma maior viabilidade a curto prazo", acrescentou o futuro chanceler do presidente Andrés Manuel López Obrador.

Ebrard disse que convidará Estados Unidos, Canadá e União Europeia para participar do projeto, que será parecido com o Plano Marshall, uma iniciativa americana de ajuda à Europa após a Segunda Guerra Mundial, "em relação ao tamanho do esforço".

Estados Unidos

O governo americano anunciou nesta terça-feira (27) que o secretário de Estado, Mike Pompeo, se reunirá com Ebrard em Washington no próximo domingo para dialogar sobre um acordo que permita conter a onda de migrantes centro-americanos que tentam chegar aos Estados Unidos.

Na conferência do Marrocos será adotado um Pacto Mundial sobre a Migração, que busca reforçar a cooperação internacional sobre o tema.

O documento cita 23 objetivos para aumentar os caminhos da migração legal e administrar melhor os fluxos migratórios, atualmente avaliado em 250 milhões de pessoas no planeta.

Mas Estados Unidos, Hungria, Áustria, República Tcheca, Polônia e Austrália já rejeitaram o plano.

Ebrard declarou que o projeto para a América Central, que tem o apoio da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), será o primeiro de acordo com o pacto a ser anunciado no Marrocos.

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