Israel afirmou que vai trabalhar com os Estados Unidos para bloquear uma iniciativa da Autoridade Palestina para se tornar membro pleno da ONU, o que daria reconhecimento internacional a um Estado palestino.
O ministro das Relações Exteriores da Autoridade Palestina, Riyad al-Maliki, disse na quarta-feira (26) que vai apresentar o pedido de adesão plena ao Conselho de Segurança no próximo mês, segundo a agência oficial palestina Wafa.
"Estamos nos preparando para deter a iniciativa", destacou, em um comunicado, o embaixador de Israel na ONU, Danny Danon.
"Os palestinos pagam os terroristas e incentivam a violência e mesmo assim buscam ser um Estado-membro das Nações Unidas", acrescentou.
Danon acusou os líderes palestinos de impulsionar "políticas destrutivas que incentivaram ataques terroristas recentes" e informou que estava preparando para bloquear a iniciativa com a "cooperação com os Estados Unidos".
Qualquer iniciativa palestina em busca de uma adesão plena na ONU enfrentará o veto dos Estados Unidos no Conselho de Segurança, informaram diplomatas.
Segundo as normas da ONU, a Assembleia Geral deve aprovar qualquer solicitação para obter a adesão plena, mas primeiro deve ser enviada ao Conselho de Segurança.
Para conseguir a luz verde do Conselho, os palestinos devem obter nove votos dos 15 integrantes da entidade e evitar o veto de qualquer um dos cinco membros permanentes: Reino Unido, França, China, Rússia e Estados Unidos.
O chanceler palestino disse que planeja viajar a Nova York no próximo mês para fazer pessoalmente a solicitação, embora não esteja claro se o pedido será imediatamente submetido à consideração do Conselho de Segurança.