O primeiro-ministro do Sri Lanka, Ranil Wickremsinghe, admitiu neste domingo(21) que órgãos de segurança tinham informações sobre um possível ataque, mas que essas informações não chegaram a ele. Ranil Wickremsinghe considerou que “não houve uma resposta adequada” e que havia necessidade de conduzir um inquérito sobre a forma como a informação foi usada.
“Devemos examinar as razões pelas quais as precauções adequadas não foram tomadas”, assegurou o primeiro-ministro.
Para Ranil Wickremesinghe, a prioridade agora é deter “os terroristas”. O primeiro-ministro pediu ainda que os nomes dos presos não sejam divulgados, para evitar uma tensão entre comunidades. “Não deem aos extremistas uma voz. Não os ajudem a tornarem-se mártires”, destacou.
Até o momento, treze pessoas foram detidas.
Uma série de ataques e explosões ocorridas hoje, domingo de Páscoa, no Sri Lanka, deixaram 207 mortos e 450 feridos.
Cinco ataques ocorreram na capital Colombo, em quatro hotéis de luxo e em uma igreja. Outras duas explosões aconteceram em igrejas em Negombo, a norte da capital, onde há uma forte presença católica, e outra ocorreu no leste do país.
Nenhum grupo reivindicou a autoria das ações até o momento. Em resposta aos ataques, o governo impôs toque de recolher em toda a ilha, com início às 18h (horário local) até as 6h do dia seguinte. O governo determinou ainda um bloqueio temporário às redes sociais para impedir a difusão "de informações incorretas".