Chegou a cinco o número de mortos na Venezuela após dois dias de crise e intensos conflitos nas ruas do país. A informação foi divulgada nesta sexta-feira (03) pelo alto comissariado da Organização das Nações Unidas (ONU) em Genebra. Essa é a primeira vez que é apresentado um levantamento independente sobre a Venezuela. As informações são do UOL.
Segundo o documento, ao menos duas mortes foram cometidas por milícias pró-governo. Ainda de acordo com a ONU, 240 pessoas foram detidas neste, sendo 17 menores. Outras 239 pessoas ficaram feridas nos últimos dois dias. O governo diz que ao menos oito soldados foram feridos.
Dez jornalistas foram vítimas de ataques, sendo cinco feridos a bala. O documento também cita o desaparecimento do parlamentar Gilbert Caro, que não dá notícias desde a semana passada. "O Alto Comissariado da ONU está muito preocupado com a detenção de Caro por membros do Serviço de Inteligência, no dia 26 de abril"
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Guiadó convoca população
O líder opositor Juan Guaidó convocou passeatas no sábado até os principais quartéis da Venezuela em um novo desafio ao presidente Nicolás Maduro após a rebelião militar frustrada de terça-feira.
Guaidó, reconhecido como presidente interino por quase 50 países, afirmou na quinta-feira à noite no Twitter que será uma "mobilização nacional de paz" para pedir que as Forças Armadas "se unam à Constituição" e cessem o apoio a Maduro.
"Continuar nas ruas é a única maneira de manter a atenção, pressão, ação da comunidade internacional, estimular a atuação constitucional das Forças Armadas e demonstrar aos que ainda respaldam o ditador que não existirá estabilidade enquanto seguir a usurpação", completou no Twitter.