Jair Bolsonaro lamentou nesta sexta-feira (23) que o presidente francês, Emmanuel Macron, lhe acuse de ''mentir'' sobre seus compromissos ambientais e deseje ''potenciar o ódio ao Brasil por mera vaidade''.
''Lamento a posição de um chefe de Estado, como o da França, de dirigir-se ao PR (presidente da República) brasileiro como 'mentiroso'. Não fomos nós que divulgamos fotos do século passado para potenciar o ódio contra o Brasil por mera vaidade'', escreveu Bolsonaro no Twitter sobre a polêmica envolvendo os incêndios na floresta amazônica.
Em nota emitida nesta sexta-feira, a presidência francesa declarou que ''dada a atitude do Brasil nas últimas semanas, o presidente da República só pode constatar que o presidente Bolsonaro mentiu para ele na cúpula (do G20) de Osaka'' e ''decidiu não respeitar seus compromissos climáticos e nem se comprometer com a biodiversidade''.
''Nestas circunstâncias, a França se opõe ao acordo do Mercosul'', acrescentou a presidência francesa.
Macron se alarmou na quinta-feira (22) no Twitter com os incêndios que devastam a maior floresta tropical do planeta, falando de ''crise internacional'' e convocando os países industrializados do G7, que se reúnem a partir deste sábado (23) em Biarritz (sul da França), ''a falar sobre essa urgência'.
Bolsonaro reagiu acusando Macron de querer ''instrumentalizar'' o assunto ''para ganhos políticos pessoais''.
''A sugestão do presidente francês, de que assuntos amazônicos sejam discutidos no G7 sem a participação dos países da região, evoca mentalidade colonialista descabida no século XXI''.
Nesta sexta-feira (23), Bolsonaro escreveu que ''como chefe de uma das maiores democracias do mundo, desejo ao povo francês paz e felicidades''.