Milhares de manifestantes liderados pelos pais dos 43 estudantes mexicanos provavelmente assassinados em setembro do ano passado bloquearam por algumas horas na quinta-feira a estrada que liga a Cidade do México a Acapulco, em mais uma mobilização para lembrar o crime.
O protesto reuniu 15.000 pessoas, segundo os organizadores, e durou quatro horas. No ano passado, os protestos registraram momentos críticos, como a tentativa de incêndio do Congresso e de outros prédios públicos.
Antes do bloqueio da rodovia, os manifestantes caminharam em Chilpancingo, capital de Guerrero - que fica a 276 km da Cidade do México -, estado onde ficam Acapulco e Iguala, onde em 26 de setembro os estudantes desapareceram depois de um ataque a tiros de policiais municipais e integrantes de grupos de narcotraficantes.
Os manifestantes voltaram a denunciar o envolvimento dos militares no ataque aos estudantes da escola rural de Ayotzinapa (Guerrero), o que o governo nega com veemência.
O Ministério Público mexicano afirmou na semana passada ter a "certeza legal" de que os jovens foram assassinados pelo cartel Guerreros Unidos e incinerados em uma área isolada de Cocula, município vizinho de Iguala. Os corpos teriam sido jogados em um rio. Os pais das vítimas se negam a aceitar a versão oficial.