A candidata à Presidência da República pelo PSB, Marina Silva, disse hoje (22) que o programa de governo da sua coligação, que será lançado no próximo dia 29, irá manter as mesmas bases já elaboradas com a participação do então candidato Eduardo Campos. “Nós reiteramos na coligação Unidos Pelo Brasil que as bases de continuidade da campanha é o programa que foi elaborado junto com Eduardo Campos”, ressaltou Marina, após se reunir com sua equipe de campanha.
A candidata destacou que o programa, em fase de finalização, foi feito com o envolvimento de cerca de 6 mil pessoas, por meio da internet e de seminários regionais. Ela adiantou, em linhas gerais, alguns tópicos do programa: defesa da educação de qualidade, passe livre, segurança e o fim da reeleição.
“A defesa da educação de qualidade, que gera igualdade de oportunidade para os nossos jovens, anunciada na educação de tempo integral, para que possamos antecipar [a destinação de] os 10% [do Produto Interno Bruto (PIB)] para a educação da melhor forma possível. O passe livre para que os nossos jovens possam estudar, se divertir, de forma adequada”, disse.
Marina adiantou também que estão mantidos os compromissos com o investimento de 10% das receitas do governo para a saúde e o fim da reeleição. “Nosso compromisso de acabar com a reeleição, e assumindo o compromisso publicamente de que terei o mandato de apenas quatro anos para que o Brasil comece a estabelecer uma lógica de orientar a sua ação, não pensando apenas nas próximas eleições, mas pensando no que é melhor para o Brasil”.
A candidata defendeu também um governo guiado por projetos e propostas, em que os partidos políticos terão papel de apoio às mudanças, mas não serão protagonistas. “Partido que estiver no poder, independe de quem seja, que ele leve em conta essas prioridades. Nesse sentido é a nova governança, governar com base em propostas, governar com base em projetos. Quem vai para o Ministério de Minas e Energia tem que entender de energia. Chega de termos ministros anônimos em função dessa velha política em que cada um quer um pedaço do estado para chamar de seu”.
Marina disse ainda que mantém a intenção de não receber doações de empresas dos ramos do tabaco, bebidas alcoólicas e bélica. A decisão, no entanto, ainda precisa ser aprovada pela coligação. “É uma mensagem de que nós defendemos uma cultura de paz e nós queremos trabalhar os ideais da saúde”.