Também saídos da “cozinha” do ex-governador Eduardo Campos, o deputado estadual Aluísio Lessa (PSB) e o deputado federal Danilo Cabral (PSB) tentam a reeleição. Nos passos do líder socialista desde os tempos de estudante universitário, o primeiro disputou a primeira eleição em 2010, projeto eleitoral estimulado por Eduardo. Já Danilo entrou na vida pública com mandato eletivo em 2004, quando ocupou uma da vagas de vereador na Câmara do Recife.
Lessa conheceu Eduardo durante o curso de Economia na Universidade Federal de Pernambuco. Com ele, participou do movimento estudantil, já à época liderado pelo ex-governador. Quando o avô, Miguel Arraes, ganha o segundo mandato como governador de Pernambuco (1987 a 1990), Lessa entra no jovem grupo que acompanhou Eduardo na chefia de gabinete. A amizade com o socialista fez com que ele acompanhasse seus passos na política. Nas campanhas de Eduardo Campos foi um dos fiéis escudeiros e coordenadores políticos. Durante os mandatos de deputado federal integrou a equipe de assessoria política. Também estava presente na gestão de Eduardo à frente do Ministério da Ciência e Tecnologia, no governo do ex-presidente Lula.
Dentre as apostas de Eduardo, Lessa é o que sente mais a orfandade bater à porta, uma vez que a sua inserção política estava muito atrelada aos arranjos feitos pelo ex-governador. Inclusive, eleito deputado, continuou na função de Secretário de Articulação Política, cargo que só desocupou no fim de março, quando Eduardo deixou o governo.
Danilo Cabral tem a mesma origem de Lessa. A amizade data dos tempos universitários. Advogado e auditor concursado do Tribunal de Contas – mesmo grupo de Milton Coelho, Sileno Guedes, Geraldo Julio e Paulo Câmara –, Danilo ocupou pastas de destaque na gestão, como a Secretaria de Cidades e de Educação de Pernambuco. Foi o nome de Eduardo para a Câmara Federal em 2010. Tenta o segundo mandato este ano. Com mais estrada na disputa eleitoral, conseguiu construir seu próprio grupo e arranjos políticos, independente de Eduardo. Ele já esteve na “bolsa de apostas” para ser o escolhido do ex-governador para a disputa municipal em 2012 e deste ano, para o Palácio. O seu nome era recebido com resistência justamente por trilhar caminhos mais independentes.