O candidato à presidência da República Aécio Neves anunciou, na manhã de hoje (27), em Osasco, na Grande São Paulo, sua proposta para o setor de habitação no país. “Quero reafirmar aqui o compromisso em fazer um enorme programa habitacional no Brasil focado na faixa de até três salários mínimos, onde não avançamos ao longo destes últimos anos. Tínhamos um déficit de 4 milhões de moradias e temos hoje em torno de 3,9 milhões”, disse, antes de participar de uma caminhada na cidade.
Aécio disse também que seu programa de governo, que deve ser divulgado na próxima segunda-feira (29), tratará da questão do saneamento. “Quero reafirmar meu compromisso de desonerar as empresas de saneamento do PIS/Confins. É essencial que isso ocorra para que elas possam ter mais recursos para investir em uma das maiores carências sobretudo da população de mais baixa renda que é o saneamento básico. Seriam R$ 2 bilhões a mais em investimentos. Hoje, mais de 50% da população brasileira não tem saneamento adequado nas suas casas”, falou o candidato.
Ele falou que pretende diminuir pela metade o número de ministérios [atualmente são 39], citando que excluiria o Ministério da Pesca e criaria o Grande Ministério da Infraestrutura e o Super Ministério da Agricultura, e que pretende também profissionalizar a gestão pública, estabelecer metas de desempenho e combater à corrupção. “No meu governo, independente de partidos políticos, se alguém for pego cometendo qualquer irregularidade, não será tratado como herói nacional. Será tratado com o rigor da lei”.
O candidato à presidência da República Aécio Neves concedeu hoje uma entrevista a jornais da região de Osasco (SP) na sede da Associação dos Jornais do Interior do Estado de São Paulo, acompanhado pelo candidato à reeleição ao governo de São Paulo Geraldo Alckmin e do ex-jogador Ronaldo Fenômeno. Durante a entrevista, ele respondeu questões sobre o fundo de participação de municípios, diploma para jornalistas, Petrobras, mobilidade urbana, reforma política e até sobre sua mãe. Mais tarde, ele participa de uma caminhada também em Carapicuíba, na Grande São Paulo, e segue para Minas Gerais, onde se encontra com cafeicultores em Varginha.
Questionado por jornalistas, ele também comentou denúncia da revista Veja desta semana, segundo a qual o ex-ministro Antonio Palocci teria pedido ao ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa R$ 2 milhões para a campanha da presidenta Dilma Rousseff em 2010. Na época, Palocci coordenou a campanha de Dilma. “A denúncia é extremamente grave e é mais uma. É assustador o que está acontecendo no Brasil. A cada semana uma nova denúncia de corrupção. É claro que precisam ser comprovados. Mas quem diz isso não é a oposição, mas o diretor da empresa em delação premiada”, disse ele.