Em relação à última consulta eleitoral do Instituto de Pesquisa Maurício de Nassau (IPMN) para a Presidência da República em Pernambuco, o quadro atual mostra as duas principais adversárias, Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB) numa situação estável e acirrada. A presidente e candidata à reeleição pelo PT está na frente, com 43% da preferência do eleitorado pernambucano. Já a candidata socialista conseguiu subir um ponto percentual em relação à última pesquisa, chegando a 41%. Considerando a margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos, as duas estariam empatadas tecnicamente. O candidato do PSDB, Aécio Neves, só obteve 3%. O levantamento foi encomendado pelo Portal Leia Já e publicado em parceria com o Jornal do Commercio.
O professor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o cientista político Adriano Oliveira, um dos coordenadores da pesquisa, destaca que, apesar do leve favoritismo de Dilma, Marina tem se mantido em Pernambuco puxada pela força do ex-governador Eduardo Campos, a quem está atrelada. "Apesar das pesquisas nacionais mostrarem uma queda expressiva de Marina, ela não caiu muito em Pernambuco. Paulo Câmara (candidato ao governo pelo PSB) e o eduardismo estão mantendo os patamares de intenções de voto dela altos", pontua.
No Recife, principal colégio eleitoral, Marina aparece nove pontos percentuais à frente de Dilma, num quadro de 45% contra 36%. No restante da Região Metropolitana, excluindo a capital, a mesma tendência. Marina tem 49% da preferência dos pernambucanos; Dilma, 33%. A vantagem de Dilma só aparece no Agreste (44% para o PT; 38% para o PSB), Sertão (72% para o PT; 22% para o PSB) e Região do São Francisco (69% para o PT; 26% para o PSB).
METODOLOGIA - Registrada junto à Justiça Eleitoral sob o número BR/00929/2014, a pesquisa ouviu 2.480 pessoas. Os questionários são aplicados nas diversas regiões do Estado de Pernambuco, considerando como referência o quantitativo real de eleitores de voto dos referidos locais. "Por exemplo, que o Sertão tem 17% do eleitorado, vamos aplicar 17% dos questionários", explica Adriano Oliveira. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.