As eleições deste domingo (5) receberão votos em 96 países, que terão 919 urnas para atender aos quase 355 mil eleitores habilitados a votar para presidente. A eleição será conduzida pelo corpo diplomático brasileiro nas embaixadas e consulados, com ajuda dos funcionários locais e mesários voluntários, representantes da comunidade brasileira residente e estudantes do Programa Ciência Sem Fronteiras.
Em Atlanta, o consulado terá 19 seções com 76 mesários. Do total, 65 são voluntários (85,53%). Neste sábado (4) eles participaram de uma reunião no consulado para receber informações sobre a votação e os procedimentos que terão de ser adotados durante as eleições. As seções eleitorais serão abertas às 8h, no horário local de verão (9h em Brasília).
O cônsul-geral do Brasil em Atlanta, Hermano Telles Ribeiro, disse à Agência Brasil que o consulado dedicou-se à tarefa de convocar os voluntários para compor as seções eleitorais. "A primeira previsão era quatro pessoas por seção, depois o número foi reduzido para três, em função da dificuldade que alguns postos estavam tendo para conseguir voluntários", contou.
Mas o Consulado de Atlanta, que congrega cinco estados do Sudeste norte-americano - Georgia, Alabama, Tennesse, Carolina do Sul e Mississipi - conseguiu a quantidade necessária. "O fator positivo dos mesários serem voluntários é que, estar aqui amanhã, é escolha deles. São pessoas que estão compromissadas com a política e a cidadania. Assim, trabalharemos em um ambiente favorável", conta.
Fabiana de Pietro vive em Atlanta há oito anos e atualmente é diretora executiva da Câmara Brasileira de Comércio. Grávida de seis meses, ela vai ser mesária voluntária. "Vou trabalhar amanhã, primeiro para ensinar um pouco de cidadania para esta pequerrucha que está na minha barriga", diz, sorrindo e acariciando a barriga, e completa que acha importante "participar e apoiar o Brasil neste momento cívico, do mesmo modo que já fazemos em outras situações, como consulado itinerante".
Os mesários voluntários também reúnem estudantes como Leonardo Farçoni, do Ciência sem Fronteiras. Ele veio de Bauru (SP) para estudar engenharia elétrica na Universidad Georgia Tech, e contou à Agência Brasil que reuniu os amigos para trabalharem como voluntários nas eleições. "O cônsul conversou conosco, porque nós temos uma associação aqui, e aí nós nos reunimos e viemos ajudar", disse.
Leonardo e mais seis amigos estudantes vão ser voluntários nas eleições. "É uma experiência nova pra gente, estamos no exterior e vamos ajudar neste momento importante das eleições. Estamos empolgados", comentou.