Aproximadamente 8,3 milhões de gaúchos de 497 municípios vão às urnas hoje (5) para eleger, além do presidente da República, o próximo governador do estado, um senador, 55 deputados estaduais e 31 federais. O Rio Grande do Sul é o quinto maior colégio eleitoral do país, ficando atrás de São Paulo, Minas Gerais, do Rio de Janeiro e da Bahia, segundo o Tribunal Superior Eleitoral.
O crescimento de eleitores no estado, entre 2010 e 2014, foi 3,4%, ou seja, 280 mil eleitores.
A maior parte do eleitorado (2,1 milhões de pessoas) tem entre 45 e 59 anos. Quanto à escolaridade, a maioria tem ensino fundamental incompleto (3 milhões de pessoas). Com ensino médio completo são 1,2 milhão de eleitores e com superior completo, 441 mil.
Sete candidatos estão na disputa para chegar ao Palácio Piratini, sede do governo do Rio Grande do Sul. O mais bem colocado na última pesquisa Datafolha, divulgada ontem (4), é Tarso Genro (PT), que concorre à reeleição na coligação formada com o PTC, PCdoB, PROS, PPL, PTB e PR. Ele tem 36% das intenções de voto.
A senadora Ana Amélia Lemos (PP), que disputa a vaga na chapa formada com o PRB, PSDB e SD, e o ex-prefeito de Caxias do Sul, José Ivo Sartori (PMDB), da coligação com o PSD, PPS, PSB, PHS, PTdoB, PSL e PSDC, estão empatados com 29% das intenções.
Também na corrida eleitoral pelo governo gaúcho estão Roberto Robaina (PSOL), o deputado federal pelo PDT Vieira da Cunha, na chapa formada com PSC, DEM, PV e PEN, Edison Estivalete (PRTB) e Humberto Carvalho (PCB). Esses candidatos somaram 5% das intenções de voto.
O registro do candidato José Carlos Rodrigues (PMN) foi indeferido pela Justiça Eleitoral.
Para a professora do Programa de Pós-Graduação em Ciência Política da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), Silvana Krause, a disputa acirrada faz parte da política gaúcha. “A competitividade e a polarização dos blocos é uma tradição muito consolidada. O Rio Grande do Sul também tem uma tradição de alternância constante de poder e a reeleição seria uma novidade. No caso de uma reeleição do governador Tarso Genro, isso seria um novo comportamento.”
No Rio Grande do Sul, haverá voto em trânsito para presidente em Porto Alegre, Caxias do Sul, Canoas, Pelotas e Santa Maria. No estado, foram 4.982 pedidos para o voto em trânsito no primeiro turno. No segundo turno, 4.745.
Caso o eleitor precise esclarecer dúvidas de última hora, o Tribunal Regional Eleitoral oferece um serviço de informações, o Disque-Eleições. Na capital e região metropolitana o número é o 148 e, no interior gaúcho, os eleitores podem ligar para (51) 32312731. Ao longo do dia, denúncias de irregularidades podem ser feitas pelo número 190, da Brigada Militar.