'Se Barbosa depende de se convencer, imagina convencer outros', diz Mendonça Filho

Sobre as eleições em Pernambuco, Mendonça disse que a definição do PT de candidatura própria ou de aliança com o PSB vai influenciar todo o processo
Da editoria de Política
Publicado em 20/04/2018 às 12:55
Sobre as eleições em Pernambuco, Mendonça disse que a definição do PT de candidatura própria ou de aliança com o PSB vai influenciar todo o processo Foto: Foto: Divulgação


O ex-ministro da Educação Mendonça Filho (DEM) questionou a viabilidade de uma candidatura de Joaquim Barbosa à Presidência da República pelo PSB. "É legítima a candidatura, é uma coisa natural. Mas li uma declaração de que ele precisava se convencer da disposição de ser candidato. Se ele depende de se convencer, imagina convencer os outros", ironizou Mendonça, durante o 17º Fórum Empresarial Lide. O evento acontece no Sheraton Reserva do Paiva, no Cabo de Santo Agostinho, na manhã desta sexta-feira (20).

Ex-ministro do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa deixou a primeira reunião com o comando nacional do PSB, nessa quinta-feira (19), colocando em dúvida a possibilidade de disputar a sucessão presidencial. Após encontro de duas horas, ele afirmou que ainda não se convenceu se realmente quer ser candidato e que sua família é contrária ao seu lançamento ao Palácio do Planalto.

Em entrevista à imprensa, ele citou dificuldades para assumir a função, como resistências em alianças regionais, problemas pessoais e o seu incômodo com o assédio da imprensa. "Há dificuldade dos dois lados. O partido tem a sua história e as suas dificuldades regionais. E, do meu lado, eu tenho as minhas dificuldades de ordem pessoal. Não consegui ainda convencer a mim mesmo de que devo ser candidato", disse. Ele ressaltou ainda que é um homem de vida discreta e quieta. "Faz quase quatro anos que eu saí da Suprema Corte. Vocês ouviram falar de mim?", questionou.

ELEIÇÕES EM PERNAMBUCO

O anúncio da chapa majoritária do grupo Pernambuco quer Mudar, que faz oposição ao governador Paulo Câmara (PSB), seria realizado nesta sexta, mas foi postergado mais uma vez. Questionado se o grupo espera uma definição do PT sobre candidatura própria, Mendonça destacou que todos estão atentos às movimentações. "A definição de uma candidatura do Partido dos Trabalhadores, e se fala muito de Marília Arraes, é lógico que influencia o processo eleitoral em Pernambuco. Três candidaturas significa que haverá dois polos de oposição contra o atual polo de poder liderado pelo governador Paulo Câmara. É um fator importante. Não dá para prever o que vai acontecer com o PT", disse.

Outro fator que pode estar impactando na escolha dos nomes é a indefinição sobre o MDB. Hoje, o vice-governador Raul Henry briga com o senador Fernando Bezerra Coelho na Justiça pelo comando do partido para mantê-lo na base de Paulo Câmara. "O MDB é um partido relevante no quadro estadual e nacional e tem o peso do tempo de televisão que ele agrega ao bloco que ele fizer parte. Então dependendo da decisão final da Justiça pode fortalecer um lado ou outro, não deixa de ser um quadro relevante para a disputa de 2018", destacou Mendonça que ainda não decidiu ao que deve se candidatar neste ano.

Questionado se o deputado Fernando Filho poderia ser o candidato do grupo de oposição ao governo, Mendonça disse que sim, mas ressaltou o nome do também deputado federal Daniel Coelho como opção. "Eu considero o nome de Fernando Filho um nome importante, fez um belo trabalho no Ministério de Minas e Energia, não pode ser candidato a senador porque não tem idade, mas candidato a governador ele tem todos os requisitos que podem torná-lo elegível. Colocaria até o nome de Daniel Coelho, porque não?", questionou Mendonça. O grupo de oposição ainda conta com o senador Armando Monteiro e do deputado federal Bruno Araújo.

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