PT insiste por coligação nacional com o PSB

Questionada sobre composições locais, Gleisi Hoffmann fez questão de registrar 'insistência' do PT por coligação presidencial
Paulo Veras
Publicado em 13/07/2018 às 7:00
Questionada sobre composições locais, Gleisi Hoffmann fez questão de registrar 'insistência' do PT por coligação presidencial Foto: Foto: Guga Matos/JC Imagem


Questionada se o PT aceitaria composições locais com o PSB, ou se o entendimento entre as siglas passava necessariamente pela coligação presidencial, a senadora Gleisi Hoffmann, presidente nacional do partido, fez questão de registrar a “insistência” por um entendimento nacional entre as agremiações.

“Nós temos a convicção no PT de que o presidente Lula é o condutor desse projeto que pode tirar o País da crise. Por isso é a nossa insistência que o PSB, que é um partido importante que tem se posicionado cada vez mais no campo da centro-esquerda, possa estar com a gente nesse projeto”, justificou. “Vim reafirmar a disposição do PT de termos uma aliança nacional com o PSB. Achamos importante formar um campo de centro-esquerda no País”, disse a petista, após se reunir como o governador Paulo Câmara (PSB) no Palácio do Campo das Princesas.

Ao comentar o cenário local, a presidente nacional do PT também fez gestos no sentido do entendimento com os socialistas. “É óbvio que Marília (Arraes) quer ser candidata. O PT tem uma grande base que defende a candidatura. Mas eles entendem a estratégia nacional. E sabem que o que muda a vida do povo efetivamente é um projeto nacional de mudança nas bases da condução da política-econômica”, sinalizou.

A assessoria de Marília Arraes disse que o que ela tinha para falar, ela fez há dois dias, após a reunião do PT-PE com Gleisi. Na ocasião, ela disse que continuava empenhada na pré-candidatura e que pediria à Justiça para visitar Lula em Curitiba.

Após o encontro, Gleisi agradeceu a Paulo por defender Lula, inclusive nos casos que envolvem a prisão do ex-presidente. Ela citou a carta dos governadores com críticas ao juiz federal Sérgio Moro que foi subscrita pelo governador de Pernambuco.

Aceno a Márcio França

Ao lado de Câmara, a presidente do PT também fez uma sinalização para o governador de São Paulo, Márcio França, ao dizer que o socialista não é o adversário prioritário dos petistas na disputa estadual, mas o ex-prefeito de São Paulo João Doria (PSDB). O gesto ocorreu após o jornal O Estado de S. Paulo noticiar que o PT teria oferecido retirar a candidatura de Luiz Marinho para uma aliança com França; o que Gleisi negou.

“Não chegamos a conversar sobre isso em São Paulo. Nunca foi uma pauta colocada na mesa essa conversa. Até pelo posicionamento que tem o governador Márcio França, que nós respeitamos o posicionamento dele. Mas também não temos ele como adversário prioritário do PT lá. O nosso adversário é o PSDB. É o Doria. Essa gente que está dando sustentação a política do Michel Temer”, afirmou.

Uma das principais resistências a um entendimento com o PT, França é próximo do presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB), mas tem feito sinais de que busca o palanque de Ciro Gomes (PDT) por causa da disputa com Doria.

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