Alckmin pode ter vice que não foi indicado pelo Centrão

Ele disse, nesta quinta-feira (26), que "não obrigatoriamente" seu vice precisará ser indicado pelo bloco formado por PP, PR, PRB, DEM e Solidariedade
JC Online
Publicado em 26/07/2018 às 22:17
Ele disse, nesta quinta-feira (26), que "não obrigatoriamente" seu vice precisará ser indicado pelo bloco formado por PP, PR, PRB, DEM e Solidariedade Foto: Foto: Evaristo Sá/AFP


O pré-candidato do PSDB à Presidência nas eleições 2018, Geraldo Alckmin, disse nesta quinta-feira (26), que "não obrigatoriamente" seu vice precisará ser um nome indicado pelo Centrão, bloco formado pelos partidos PP, PR, PRB, DEM e Solidariedade. Questionado sobre o assunto, Alckmin deixou em aberto a possibilidade de outros partidos de sua coligação também fazerem indicações.

"Não obrigatoriamente (vai ser um vice dos cinco partidos dos centrão). O importante é o nome, a parceria, para um trabalho conjunto. Tem ótimos nomes, não temos pressa", disse. Além do Centrão, o tucano já acertou aliança com PTB, PPS, PSD e PV.

Com nove partidos em sua coligação, ele foi questionado sobre como fará para conciliar palanques duplos nas eleições estaduais "É natural que a aliança não se reproduza inteiramente em todos os Estados. Cada Estado tem sua singularidade própria, onde puder juntar todo mundo, estamos fazendo um esforço", explicou.

Josué Gomes

Josué deu resposta a Alckmin na noite de quarta-feira (25).

Antes de enviar uma carta oficializando que não irá ser vice de Geraldo Alckmin, o empresário Josué Gomes (PR) ligou diretamente para o tucano na noite de quarta-feira (25). A informação foi confirmada pelo próprio Alckmin. "Eu falei com ele por telefone ontem à noite", resumiu.

Na conversa, Alckmin disse que Josué deu a entender que deveria mesmo declinar do convite. "Ele é mineiro, eu sou mineiro...", brincou, quando questionado se Josué já havia demonstrado, na ligação, convicção em relação à decisão.

Apesar disso, somente nesta quinta Josué divulgou uma carta oficial sobre seu posicionamento. No documento, enviado ao ex-deputado Valdemar Costa Neto, aos líderes do Centrão e do PSDB, o empresário se disse "honrado pelo convite e agradecido pela confiança depositada em meu nome" para integrar a chapa do tucano. Ele disse, entretanto, que "por questões pessoais" não pode aceitar a empreitada.

Apesar da negativa, o filho do ex-vice-presidente José Alencar diz que a aliança de apoio a Geraldo Alckmin, a quem diz admirar e respeitar, é a escolha acertada e lúcida. "Trabalharei por sua vitória, que será também a vitória do Brasil". No texto curto, de apenas quatro parágrafos, Josué afirma ainda que está convicto de que os partidos unidos poderão indicar um vice "capaz de agregar muito mais força eleitoral e conhecimento político" do que ele para o cumprimento dessa importante missão.

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