Ciro diz que PT engana população para apresentar 'poste' à Presidência

''Eles querem criar uma comoção no País para que, no dia que o Lula for tornado inelegível, eles apontem outro poste'', disse o candidato do PDT
Estadão Conteúdo
Publicado em 03/08/2018 às 18:12
''Eles querem criar uma comoção no País para que, no dia que o Lula for tornado inelegível, eles apontem outro poste'', disse o candidato do PDT Foto: Foto: André Carvalho/CNI


O candidato do PDT, Ciro Gomes, atacou o PT, em agenda no Rio, nesta sexta-feira (3). Após a convenção que lançou o deputado estadual Pedro Fernandes para disputar o governo estadual, o ex-ministro disse que o PT se aproveita do carinho e da gratidão do povo em relação ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para "enganar a população" na apresentação de um candidato.

"O que está em jogo, na burocracia do PT, é uma grande enganação, aproveitando o carinho e a gratidão justas que o povo tem com o Lula. Eles querem criar uma comoção no País para que, no dia que o Lula for tornado inelegível, eles apontem outro poste. A grande questão é se o Brasil aguenta outro poste, ou parte grande da situação que vivemos hoje devemos a escolha de um poste pelo Lula", afirmou.

Ciro disse que "está sendo eleito pelo PT" e que o partido avalia que o candidato Jair Bolsonaro (PSL) vai rivalizar com Geraldo Alckmin (PSDB) no campo da direita.

"Eles (PT), convencionais que viraram como todos os tradicionais e grandes partidos brasileiros, acham que Marina, por não ter estrutura ou dinheiro, está fora de combate. Eu não penso assim, e acham que eu sou a grande ameaça. A única coisa que explica esse gesto é eles acharem que eu sou a grande alternativa de renovação do campo progressista brasileiro, depois que o Lula claramente não vai ser candidato, ou não vão deixar ele ser", disse.

Candidaturas

O candidato do PDT à Presidência, Ciro Gomes, disse nesta sexta-feira (3) que partidos "degolam" candidaturas rebeldes a favor de "acordões". Ele citou os casos da vereadora Marília Arraes (PT-PE) e do ex-prefeito de Belo Horizonte Marcio Lacerda (PSB-MG).

Em evento do diretório estadual do PDT no Rio, Ciro criticou o movimento da executiva nacional do PT de tirar a candidatura de Marília ao governo de Pernambuco. A medida faz parte do acordo pela neutralidade do PSB no cenário nacional, evitando o apoio da sigla ao pedetista.

"Ontem, degolaram a cabeça de uma jovem militante de Pernambuco, Marília Arraes, pelo simples crime de ter, com os estímulos da burocracia do PT, apresentado uma ideia rebelde aos acordões de gabinete", disse o candidato.

Ele também criticou o PSB por ter rifado a candidatura de Marcio Lacerda ao governo de Minas Gerais, abrindo caminho para uma composição com o governador Fernando Pimentel (PT). "Ontem, degolaram a cabeça do Marcio Lacerda, candidato rebelde contra as estruturas antigas de Minas Gerais, de onde vem Aécio Neves", afirmou.

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