Para economista de Boulos, reformar Previdência não é prioridade

O economista do candidato Guilherme Boulos afirmou que mudar as regras das aposentadorias não resolveria no curto prazo o rombo das contas públicas
Estadão Conteúdo
Publicado em 05/09/2018 às 16:02
O economista do candidato Guilherme Boulos afirmou que mudar as regras das aposentadorias não resolveria no curto prazo o rombo das contas públicas Foto: Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil


Assessor econômico do presidenciável Guilherme Boulos, o economista Marco Antonio Rocha disse nesta quarta-feira (5) que a reforma da Previdência não é uma prioridade no plano de governo do candidato do PSOL.

Ao citar cálculo da Confederação Nacional da Indústria (CNI) de que a reforma da Previdência teria gerado economia superior a R$ 4 bilhões se tivesse sido aprovada em junho do ano passado, Rocha considerou que mudar as regras das aposentadorias não resolveria no curto prazo o rombo das contas públicas.

"Essa questão de usar a reforma da Previdência para sanear o déficit público no curto prazo é igual procurar o pote de ouro no fim do arco íris", comentou o economista ao participar de sabatina em que respondeu a perguntas de estudantes do ensino público e do colégio particular Móbile, onde a entrevista foi realizada.

Investimento

O coordenador do capítulo econômico do programa de Boulos disse que a Previdência precisa ser analisada sob a ótica do investimento, e não apenas do ponto de vista do gasto que o sistema atual representa.

"A Previdência não é só gasto, é investimento. Ela é estruturante da economia. Imaginem se, numa situação de crise, os idosos não tivessem benefícios previdenciários. Algumas cidades desaparecem sem benefícios previdenciários", comentou. Ele acrescentou que, embora se proponha a atacar distorções do modelo atual "daqui para frente", o plano do PSOL não vai mexer em direitos adquiridos.

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