Os tucanos receberam com apreensão, mas viram um alento na pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada na noite dessa segunda-feira (24). A expectativa no entorno de Geraldo Alckmin, presidenciável do PSDB, era de um crescimento que o colocasse na casa dos dois dígitos. Alckmin, porém, oscilou apenas um ponto porcentual e foi a 8%, ficando em quarto lugar.
A apreensão se deve ao pouco tempo para reverter esse quadro, apenas 13 dias. O alento é que o candidato do PSDB ganhou uma narrativa para lutar pelo voto útil.
Nos comerciais que começam a ser exibidos nesta terça-feira (25) um locutor mostra a imagem de Jair Bolsonaro, candidato do PSL, se transformando aos poucos no rosto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
"Na eleição desse ano você pode acabar elegendo quem menos espera. Por exemplo: você vota no Bolsonaro no primeiro turno. No segundo turno, as pesquisas mostram: Bolsonaro empata com Marina, perde para o Ciro e caminha para perder do Haddad. Os três foram ministros do Lula", diz o comercial.
O principal temor na campanha de Alckmin era que o crescimento de Haddad criasse uma onda de voto útil antipetista que impulsionasse Bolsonaro para uma vitória no primeiro turno.
Questionado sobre o resultado da pesquisa, Fernando Haddad disse que ainda tem "trabalho pela frente". "Vamos trabalhar com muita serenidade até o dia 7. Temos muito trabalho pela frente. Temos 13 dias ainda", afirmou.
O general da reserva Augusto Heleno Ribeiro questionou o índice de rejeição a Bolsonaro. "Essas indicações de rejeição são artifícios para uma manipuladinha. Bolsonaro nunca foi hostilizado pelas pessoas em aeroportos, na praia", disse.
Ciro Gomes (PDT) afirmou que "as pesquisas são retratos do momento e as eleições são um filme". Já a candidata da Rede, Marina Silva, informou que não comentaria a pesquisa.